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Espanha: o intrigante esqueleto enterrado com uma adaga e sem os pés
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Espanha: o intrigante esqueleto enterrado com uma adaga e sem os pés

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Aventuras Na História
20/02/2025 13h30
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16467534/original/open-uri20250220-18-1xhgea7?1740058580
©Divulgação/Tera S.L.
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Recentemente, uma equipe de arqueólogos fez uma descoberta intrigante durante a construção de um complexo de energia solar em Almendralejo, na Espanha.

Eles desenterraram os restos de uma fortaleza com quase 5.000 anos, que abrigava o esqueleto de um homem misterioso, enterrado junto a uma adaga e sem os pés.

De acordo com informações do jornal espanhol El País, o sepultamento do esqueleto despertou a curiosidade dos especialistas devido às suas circunstâncias peculiares.

O corpo foi encontrado em uma cova próxima a uma vala defensiva da antiga fortaleza, posicionado de bruços e apresentando um pugio — uma adaga típica romana — colocada nas costas. Os arqueólogos estimam que o homem tinha entre 25 e 35 anos no momento de sua morte.

Embora o esqueleto esteja quase completo, os pés estão ausentes, e a equipe responsável pela escavação indicou que pareceram ter sido cortados. O tamanho da cova também é notável, pois não era profunda o suficiente para acomodar completamente o corpo.

Um soldado?

A presença da adaga ao lado do cadáver sugere que o indivíduo pode ter sido um soldado romano. César M. Pérez, diretor das escavações, destacou que o pugio era uma arma padrão utilizada pelos legionários romanos, o que reforça essa hipótese.

A adaga estava em excelente estado de conservação, intacta e ainda dentro da bainha. Os arqueólogos datam o artefato como proveniente do final do século I a.C., um período em que as armas se tornaram valiosos troféus de guerra após serem adquiridas durante batalhas significativas ao longo do século II a.C.

As características incomuns do sepultamento levantaram questões sobre se o homem era realmente um soldado ou um civil que possuía a adaga. Entretanto, Pérez argumenta que a maneira como o pugio foi colocado sugere que ele era um membro do exército e que recebeu um enterro desonroso — prática pouco comum na época.

Análises

Os pesquisadores agora buscam extrair DNA de um dos dentes encontrados no sepulcro. Se for confirmado que os restos pertencem a um soldado, eles poderão estar ligados à Legio VII Gemina, a única legião romana presente na região naquela época.

Os resultados das análises podem oferecer novas informações sobre as origens do homem e esclarecer se as circunstâncias de seu enterro estavam relacionadas a rituais culturais específicos.

Por fim, a adaga recuperada foi enviada para um laboratório especializado onde será submetida a processos de conservação. O objetivo é garantir sua preservação e evitar deteriorações futuras, conforme relatado pelo El País.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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