Esposa de goleiro Bruno é quem sustenta a família, diz advogado
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A defesa do ex-atleta, o goleiro Bruno, para contestar a indenização de mais de R$650 mil, a qual ele foi condenado pela Justiça do Mato Grosso, alegou que a esposa dele, Ingrid Calheiros, é quem sustenta a família.
Segundo os advogados, com a progressão do crime, ele está morando com sua esposa e filhos no Rio de Janeiro. Wilton Edgar Acosta, defensor de Bruno, disse, ao G1, que o ex-goleiro não tem emprego fixo e que a sua "situação financeira é muito diferente daquela que existia antes dos fatos que levaram ele à prisão".
“A atual esposa dele está mantendo a família, o sustento da família. Por enquanto, ele tem se sustentado com isso, com a ajuda dela, mas ele está buscando trabalho, ele tem uma profissão, ele quer exercer a atividade de jogador de futebol e nessa área ele está buscando trabalho”, diz o advogado de Bruno, que teve liberdade condicional concedida pela Justiça do Rio de Janeiro.
Segundo a juíza Ana Paula Abreu Filgueiras, da Vara de Execuções Penais, Bruno preenche os requisitos desde abril de 2022.
O apenado [Bruno] desempenhou atividades laborativas após a concessão da progressão de regime e cumpriu regularmente as condições da prisão domiciliar”, completou a magistrada.
Loja de açaí
Bruno inaugurou uma loja de açaí em fevereiro de 2022, na cidade de São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos do Rio. De acordo com seu advogado, o estabelecimento durou pouco tempo. A defesa ainda afirma que parte do dinheiro da venda do comércio foi utilizada para o pagamento de cerca de R$ 100 mil referente a pensões atrasadas do filho de Bruno, Bruninho, que mora com a avó materna.
Além disso, Bruno também arrecadou dinheiro pela internet através de uma campanha de doação. "Ele fez uma campanha de doação com simpatizantes e arrecadou o dinheiro para poder realizar o pagamento e não ir preso por conta desses pagamentos”, explicou o advogado.
Em 2010, Eliza Samudio, mãe do filho de Bruno, desapareceu e seu corpo nunca foi encontrado. O ex-atleta foi condenado pelo homicídio triplamente qualificado de Eliza e pelo sequestro e cárcere privado de seu filho com a vítima.