Estudo sobre objeto de quase 2 mil anos sugere que romanos usavam brinquedos sexuais
Aventuras Na História
Um novo estudo revelou que um objeto de madeira de quase 2 mil anos poderia ter sido usado como brinquedo sexual para os antigos romanos no Reino Unido. O objeto foi desenterrado em 1992, em uma vala no Forte romano de Vindolando, localizado perto da Muralha de Adriano.
O local já marcou a fronteira Noroeste do Império Romano, no norte da Inglaterra. De acordo com o estudo publicado na revista Antiquity no último domingo, 19, os pesquisadores registraram o objeto, inicialmente, como uma ferramenta de tecelagem.
Como o curioso objeto foi encontrado ao lado de dezenas de sapatos e acessórios de vestuário, essa foi a dedução da equipe de pesquisadores. Mas, ao estudarem o artefato novamente, os especialistas delinearam algumas de suas funções mais prováveis possíveis.
O objeto tem 160 milímetros de comprimento e poderia ter sido utilizado como uma ferramenta sexual, principalmente para a estimulação do clitóris. Caso seja, de fato, um brinquedo sexual, ele representa o único exemplar conhecido de um falo de madeira “não miniaturizado” da época romana.
Outros usos
No entanto, como não se sabe quem era o proprietário do objeto, outras ideias de possíveis usos passaram pela cabeça dos pesquisadores. É possível também de que o artefato tenha sido usado por um proprietário de escravos em uma pessoa escravizada, para torturar ou reafirmar domínio.
Segundo o estudo, via CNN Brasil, outros usos foram cogitados pela equipe pesquisadora, como parte de alguma estrutura ou objeto, assim como também um pilão, usado para moer ou misturar diversos materiais, mas o formato do objeto é o que mais intriga tais possibilidades.
Além disso, o falo apresentava maior desgaste em ambas as extremidades do que no meio. Rob Collins, professor sênior de arqueologia na Universidade de Newcastle, no Reino Unido, coautor do estudo, disse:
Não devemos nos surpreender com isso. Sabemos pela arte e literatura romanas que eles usavam vibradores, que eles existiam. Mas ainda não encontramos nenhum exemplo arqueológico”.