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Ex-dono do Playcenter desabafa sobre venda: 'Vendi com o cérebro, não com o coração'
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Ex-dono do Playcenter desabafa sobre venda: 'Vendi com o cérebro, não com o coração'

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Aventuras Na História
24/02/2024 11h45
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©Reprodução / Grupo Playcenter e Instagram / @playcentersp
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Após 50 anos de trabalho ininterrupto, Marcelo Gutglas, 83, fundador e CEO do Grupo Playcenter, vendeu a empresa para a Cacau Show em um negócio de valor não revelado. A negociação marca o fim de um ciclo na história do entretenimento brasileiro, com o icônico parque de diversões que marcou a infância de milhões de pessoas.

"Eu saí do país. Ainda não deu para pensar nisso. Trabalhei a vida toda. Não sei como um aposentado se comporta", disse Gutglas à Folha de S. Paulo, confessando ter hesitado em se desfazer da "maior realização profissional de sua vida".

Embora admita que a venda foi rápida para um grupo que fatura mais de R$ 100 milhões por ano, Gutglas pondera que poderia ser um bom momento para continuar no mercado, mas assegura que um parque ao ar livre como o Playcenter não seria viável devido aos altos custos e à necessidade de diversas licenças.

Vista aérea do parque de diversão Playcenter - Reprodução / Grupo Playcente

O veterano empresário, que também participou do projeto Hopi Hari, atuará como consultor de Alexandre Costa, CEO da Cacau Show, no novo parque que pretende construir. 

Vacilei, sim. Algumas vezes. Eu vendi o Playcenter com o cérebro, não com o coração”, desabafou Gutglas.

Sucesso total

O Playcenter chegou a ter 130 mil metros quadrados e foi o maior da América Latina, mas problemas financeiros o levaram ao fechamento em 2012. Gutglas admite que o aumento do aluguel na área foi um dos motivos para o colapso financeiro do parque, segundo o portal Estado de Minas.

Com a venda para a Cacau Show, o Playcenter pode ter um novo capítulo em sua história. Alexandre Costa, CEO da empresa de chocolates, sonha em construir um grande parque temático e garante que vai cuidar do legado do Playcenter e seguir com a marca. Para Gutglas, fica a memória dos 40 anos de Playcenter, dos 60 milhões de visitantes, da sua vivência e do carinho que ainda recebe.

O Playcenter era uma família feliz. Isso me deixa lisonjeado e com certa nostalgia. Foi um ciclo da minha vida. Mas acabou".

Aos 83 anos, Gutglas ainda não sabe como será sua aposentadoria, mas garante que não vai parar de trabalhar. 

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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