Ex-presidente filipino é preso por acusação de crimes contra a humanidade

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Nesta terça-feira, 11, o ex-presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, foi preso enquanto desembarcava de um voo no aeroporto internacional de Manila, a capital do arquipélago asiático. O pedido de prisão foi emitido com base em um mandado do Tribunal Penal Internacional (TPI).
Durante a manhã, a Interpol Manila recebeu uma cópia do mandado de prisão do TPI", relatou a presidência em um comunicado, repercutiu a Reuters. "No momento, [Duterte] está sob custódia das autoridades."
Nas redes sociais, a filha mais nova de Duterte, Veronica, publicou um vídeo que mostra o momento da prisão do ex-presidente, onde ele questiona o motivo de sua detenção: "Qual é a lei e qual o crime que cometi? Mostrem agora a base legal para que eu esteja aqui. Vocês têm que responder agora pela privação de liberdade."
A prisão do ex-presidente
Segundo a Reuters, o ex-presidente filipino enfrenta uma acusação do TPI de "crimes contra a humanidade por assassinato"; como consequência de sua política antidrogas. Grupos de defesa dos direitos humanos apontam que as determinações de Rodrigo causaram a morte de dezenas de milhares de pessoas — em sua maioria homens pobres que não tinham evidências de vínculos com o narcotráfico.
Após sua prisão, sua outra filha, Sara, que é vice-presidente do país, disse que Duterte será enviado à Haia em um voo noturno. "Enquanto escrevo isso, ele está sendo levado à força para Haia esta noite. Isso não é justiça, isso é opressão e perseguição", afirmou.
Ontem, 10, quando estava em Hong Kong, Rodrigo Duterte alegou que estava pronto para ser preso caso o Tribunal Penal Internacional emitisse um mandato. Ele ainda defendeu sua política antidrogas e negou que a polícia foi ordenada para matar suspeitos de tráfico — com exceção dos casos de legítima defesa.
Rodrigo Duterte foi presidente das Filipinas entre 2016 e 2022. Em 2019, retirou o país unilateralmente do tratado do TPI; no mesmo período em que o tribunal começou a investigar acusações de assassinatos extrajudiciais sistemáticos.
Sua política antidrogas resultou, segundo a própria polícia, na morte de 6.200 suspeitos durante operações que terminaram em tiroteio. No entanto, ativistas apontam que o número de vítimas é maior, incluindo usuários de drogas de periferias que faziam parte de "listas de observação" oficiais — mas que acabaram mortos sob condições misteriosas. A polícia nega envolvimento nas mortes.


