Feitos no mandato: Saiba o legado que Papa Francisco deixa à Igreja

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Ao longo de seus 12 anos como líder da Igreja Católica, o papa Francisco buscou aproximar a instituição de questões sociais contemporâneas, promovendo reformas internas e defendendo pautas até então inéditas no Vaticano.
Desde o início de seu pontificado, Jorge Mario Bergoglio deu sinais de que seu papado seria diferente. Falou sobre refugiados, população LGBTQIA+ e defendeu mais participação das mulheres na Igreja — sempre respeitando os limites da tradição clerical. Em um congresso sobre mulheres no Vaticano, destacou:
No mundo, onde as mulheres ainda sofrem tanta violência e desigualdade, a educação feminina é temida, mas essencial para o desenvolvimento humano. Rezemos e nos comprometamos com isso."
Canonizações
Francisco também foi o responsável por canonizar a primeira santa brasileira nascida no país, Irmã Dulce, em 2019. Conhecida como “o anjo bom da Bahia”, ela passou a ser chamada de Santa Dulce dos Pobres.
Já em 2020, beatificou o jovem italiano Carlo Acutis, conhecido como “padroeiro da internet”, cuja canonização foi marcada para abril de 2025 após o reconhecimento de um segundo milagre.
Enfrentamento
O papa também enfrentou com firmeza os escândalos de abusos sexuais na Igreja. Estabeleceu protocolos de denúncia, punições internas e adotou uma política de tolerância zero.
A Igreja deve ter vergonha e pedir perdão. Deve agir com humildade cristã para que isso nunca mais se repita", afirmou em uma de suas homilias.
Francisco promoveu o diálogo inter-religioso, com encontros marcantes com líderes do islã, do judaísmo e de outras tradições cristãs. Para ele, “a verdadeira fraternidade se constrói com respeito às diferenças e abertura ao outro”.
Crítico do consumismo, defendeu em discursos uma sociedade mais justa e consciente. No Natal de 2023, alertou: "Dominados por uma maré de distrações e publicidade, corremos o risco de negligenciar o que é essencial."
Reformas e diplomacia
Internamente, reformou a Cúria Romana e criou órgãos de controle financeiro no Vaticano, em resposta a escândalos de corrupção. A justificativa oficial foi “melhorar o uso de recursos, especialmente os destinados aos pobres e marginalizados”.
Francisco também foi um papa viajante: realizou 60 visitas internacionais, atrás apenas de João Paulo II. Esteve em todos os continentes habitáveis e fez questão de visitar regiões em conflito, como Ucrânia, Sudão do Sul e Mianmar, repercute o UOL.
No Brasil, reuniu três milhões de fiéis em Copacabana durante a Jornada Mundial da Juventude, em 2013. "Que a guerra seja banida e que as armas se calem para dar espaço ao diálogo", disse em uma de suas muitas pregações pela paz.


