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Florence Balcombe: A mulher que roubou o coração de Oscar Wilde e Bram Stoker
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Florence Balcombe: A mulher que roubou o coração de Oscar Wilde e Bram Stoker

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Aventuras Na História
05/02/2023 03h00
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©Montagem Domínio Público com fundo FreePik
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Oscar Wilde e Bram Stoker são dois dos maiores escritores irlandeses de todos os tempos. Contemporâneos, os autores de ‘O Retrato de Dorian Gray’ e ‘Drácula’, respectivamente, possuem uma história que certamente também renderia um ótimo conto. 

A paixão de Wilde

Acontece que, quando ainda tinha 22 anos, bem antes de chocar toda uma geração vitoriana, Wilde estudava na Magdalen College de Oxford, na Inglaterra. Durante suas férias letivas, porém, voltava para Dublin, na Irlanda, para visitar seus familiares. 

E foi nessas andanças, em 1876, que Oscar se apaixonou a primeira vista por Florence Balcombe. “Ela só tem 17 anos, com o rosto mais perfeitamente lindo e nem um tostão de dinheiro”, descreveu o dramaturgo a um amigo, segundo aponta a Superinteressante. 

O dramaturgo Oscar Wilde/ Crédito: Domínio Público

Encantado com a moça, Wilde pensou ter tido a sorte grande ao marcar um encontro com ela na Christ Church Cathedral. Aos domingos, eles também costumavam a fazer caminhadas — quase sempre no Merrion Square, local preferido do autor. 

Oscar Wilde apostava tanto na relação que chegou a presentear Lacombe com uma cruz dourada com seu nome cravado nela. O gesto poderia ser visto, aliás, como um pedido de noivado

Porém, o poeta precisou retornar à Inglaterra, mas sempre mantendo contato com a amada através de cartas. Já na Irlanda, Florence continuava a estreitar laços com a família de Oscar, se tornando figura presente em jantares e encontros organizados pela mãe do dramaturgo. 

Especula-se, aliás, que foi numa destas reuniões que Balcombe conheceu e passou a se interessar por um amigo do irmão mais velho de Wilde. Ninguém menos que Bram Stoker

Do espelho ao vampiro

Enquanto ainda trocava cartas com Oscar Wilde, Florence Balcombe aceitou o pedido de casamento feito por Stoker em 1878. O noivado de sua paixão deixou o autor de ‘O Retrato de Dorian Gray’ desolado. 

A fila demorou a andar para Wilde, que só se casou seis anos depois. Com Constance Lloyd, o poeta teve dois filhos: Cyril Holland, que nasceu em 1885; e Vyvyan Holland, que veio ao mundo um ano depois. 

Segundo Franny Moyle, autora de ‘Constance: The Tragic and Scandalous Life of Mrs. Oscar Wilde’, foi justamente após o nascimento de Vyvyan que Oscar Wilde e Constance começaram a se afastar sexualmente

Os dois se separaram, mesmo que sem um divórcio formal, após Wilde ser condenado por um escândalo por atividades homossexuais, em 1895. Ao ver o marido preso por “sodomia e indecência”, Constance mudou seu sobrenome e o de seus filhos para Holland, com o intuito de dissociá-los do escândalo e livrá-los da arruinada reputação social do dramaturgo. 

Bram Stoker e Florence Balcombe, por sua vez, mantiveram a relação até o fim da vida do autor de ‘Drácula’, que morreu em 1912, após sofrer uma série de derrames cerebrais.

Foto de Bram Stoker, criador de Drácula/ Crédito: Domínio Público

Juntos, resgata a Super, eles tiveram um filho: Irving Noel Thornley Stoker, que sempre descrevia o quanto a mãe continuava linda, mesmo aos 70 anos; relatando que quando ela ia ao teatro, homens levantavam de seus assentos para observá-la. 

O triangulo amoroso

Mesmo com o coração partido por Balcombe, Oscar Wilde se reconciliou com a mulher. O dramaturgo, aliás, não só se tornou um de seus bons amigos como também de Stoker. Uma carta escrita por Wilde, em 1880, resgata um pedido feito a Bram para um ingresso de uma peça teatral. Àquela altura, o autor de ‘Drácula’ havia se tornado gerente de um teatro. 

Oscar Wilde faleceu aos 46 anos em 30 de novembro de 1900, devido a um violento ataque de meningite. Já Florence Balcombe veio a falecer em maio de 1937, aos 78 anos. Em vida, ela ainda é lembrada por sua disputa legal com os criadores do filme de terror alemão de 1922, Nosferatu, baseado sem atribuição ou permissão no romance ‘Drácula’, de Stoker.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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