Fóssil de ser humano que pode ter quase 12 mil anos é encontrado em Goiás
Aventuras Na História
Um fóssil que pode ter quase 12 mil anos, encontrado em Serranópolis, no Goiás, pode ter sido um dos primeiros habitantes da região. Os pesquisadores que encontraram o esqueleto afirmam que ele estava a dois metros de profundidade do chão. Além dele, como contou ao g1 um dos coordenadores da pesquisa, Julio Cezar Rubin de Rubin, também encontraram dez crânios de mais de 100 anos e carvão.
Primeiramente, os cientistas encontraram alguns indícios do esqueleto em outubro de 2022, mas o fóssil completo só conseguiu ser escavado cinco meses depois, em março de 2023.
A escavação na região começou em dezembro de 2021 e conta com uma equipe de mais de 20 pessoas de oito instituições de ensino e pesquisa nacionais e internacionais, com o apoio da Polícia Federal.
Ainda não se sabe a idade certa do fóssil. Como explicou Rubin em entrevista ao g1, eles já haviam "encontrado carvão e um artefato lítico perto do pé desse indivíduo. Há uma cronologia de entre 11.900 e 11.700 anos antes do presente. Ele pode ser mais novo, pois pode estar dentro de uma cova, tinha carvão embaixo dele também. Só a continuidade da pesquisa é que vai definir isso”.
Primeiro morador
Se o esqueleto realmente tiver a idade que acreditam que ele tenha, esses serão os restos mortais humanos mais antigos já encontrados na região Centro-Oeste do Brasil.
Além disso, o fóssil pode auxiliar a entender melhor como viviam os seres humanos da época. Informações alimentares, causa de morte da pessoa e questões climáticas da região na época do fóssil podem ser melhor elucidadas com as informações que o esqueleto traz.
O time de escavação ainda tem mais um metro de solo para explorar, onde talvez se encontre, como afirma Rubin, "cultura material, restos alimentares, estruturas de fogueiras e até mais esqueletos".
“A quantidade de informações que trazem esses achados é algo fantástico. São algo para se estudar durante uma década cada. É um arsenal de informação, além do aspecto simbólico. Para um pesquisador encontrar um objeto de estudo é fantástico, desde uma micro-lasca a um esqueleto”, disse o pesquisador em entrevista ao g1.