Galáxia com anel de Einstein é descoberta através de telescópio James Webb

Astrônomos usando o Telescópio Espacial James Webb (JWST) da NASA descobriram uma galáxia distante e intrigante, apelidada de JWST-ER1, que exibe um anel de Einstein, um fenômeno causado por lentes gravitacionais que faz com que a luz se manifeste na forma de um anel.

A descoberta, ainda não revisada por pares, ou seja, por outros cientistas, foi registrada no servidor de pré-impressão arXiv em 14 de setembro. Essa galáxia recém-encontrada é classificada como quiescente massiva, o que significa que é uma galáxia gigante que interrompeu a formação de novas estrelas.

Esses objetos, que acumularam sua massa estelar rapidamente, desempenham um papel fundamental na compreensão da evolução das galáxias. A JWST-ER1 tem um diâmetro de cerca de 21,5 mil anos-luz e uma massa estimada em 650 bilhões de vezes a do Sol. Sua idade é aproximadamente 1,9 bilhão de anos, e a taxa de formação de estrelas é muito baixa, cerca de quatro vezes a massa solar por ano.

A galáxia também é notavelmente compacta, de acordo com a Galileu. A descoberta foi conduzida por uma equipe de astrônomos liderada por Pieter van Dokkum, da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, usando a câmera infravermelha próxima (NIRCam) do JWST durante o levantamento COSMOS-Web, que tem como objetivo explorar até 1 milhão de galáxias.

Anéis de Einstein?

A NIRCam revelou que a JWST-ER1 é uma galáxia compacta do tipo inicial e exibe um anel de Einstein completo, conhecido como JWST-ER1r, com duas concentrações visíveis de cor vermelha. O diâmetro do centro deste anel é de cerca de 1,54 segundos de arco (arcseg).

As lentes gravitacionais, responsáveis pelos anéis de Einstein, ocorrem quando um objeto massivo se posiciona entre uma fonte de luz e um observador, deformando o espaço-tempo e criando esse fenômeno visual. No caso de estar perfeitamente alinhado, forma-se um anel luminoso.

Os astrônomos suspeitam que a JWST-ER1 seja quase perfeitamente esférica e não mostre sinais evidentes de formação estelar, caudas de maré ou outras irregularidades. No entanto, planejam realizar mais observações para investigar se galáxias próximas ou estruturas ao longo da linha de visão podem afetar sua massa, ou se essa galáxia recém-descoberta está relacionada a algum aglomerado progenitor.