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Grupo invade museu holandês e rouba capacete e braceletes de ouro
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Grupo invade museu holandês e rouba capacete e braceletes de ouro

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Aventuras Na História
29/01/2025 11h32
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16450924/original/open-uri20250129-18-iy5ln9?1738153768
©Divulgação/Museu Drents
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Um grupo composto por três criminosos usou explosivos para invadir o Museu Drents, em Assen, na Holanda, na madrugada de sábado, 25, roubando quatro peças da exposição Dácia: Império de Ouro e Prata. Entre os itens levados estavam três pulseiras reais e o capacete de Coțofenești, cedido pelo Museu Nacional de História da Romênia. A exposição estava prevista para encerrar no domingo, 26.

Imagens das câmeras de segurança registraram o momento da explosão, e o vídeo foi divulgado pela polícia, que recebeu uma denúncia sobre o incidente às 3h45.

O Museu Drents, conhecido por sua coleção de artefatos pré-históricos e obras de arte, exibia temporariamente objetos ligados à história dos dácios, povo que habitou a região que hoje corresponde à Romênia, além de partes da Moldávia e Bulgária. O reino dácio foi conquistado pelo Império Romano por volta de 106 d.C., tornando-se uma província romana.

Os artefatos

O capacete de Coțofenești, um dos destaques da exposição, foi descoberto em 1927 por crianças que brincavam em uma colina. Feito de ouro maciço e datado de aproximadamente 450 a.C., o artefato era usado em cerimônias e traz inscrições da mitologia Getica, relacionada aos antigos povos do Leste Europeu.

Suas gravuras refletem diversas influências culturais da época: os olhos esculpidos na parte frontal remetem aos capacetes coríntios e calcidianos, usados para afastar o "mau-olhado", enquanto as representações de armas, grifos e esfinges revelam traços das culturas grega e eurasiana.

Já as pulseiras reais, datadas de aproximadamente 50 a.C., foram encontradas em escavações na antiga capital dácia, Sarmizegetusa Regia. Faziam parte de um conjunto de 28 argolas de ouro localizadas em fossos de sacrifício na área religiosa da cidade. De acordo com o portal Galileu, as peças exibem diferentes padrões decorativos, incluindo desenhos que remetem a pele de lobo e escamas.

Roubo devastador

"Isso é mais do que apenas um roubo; é uma ferida na comunidade romena", declarou Claudia Marcu, jornalista que visitou a exposição no início do mês, ao NL Times. "Para os romenos, isso é como o roubo de De Nachtwacht para os holandeses. É devastador."

A polícia investiga uma possível conexão entre o crime e um chamado feito às 4h15, quando um veículo suspeito foi encontrado incendiado nos arredores da cidade. Uma das hipóteses é que os criminosos tenham trocado de carro para despistar as autoridades.

As forças policiais analisam imagens de câmeras de segurança e realizam exames forenses na região. Além disso, a Interpol está auxiliando na investigação.

"Este é um dia sombrio para o Museu Drents em Assen e o Museu Nacional de História da Romênia em Bucareste", afirmou Harry Tupan, diretor-geral do Museu Drents, em comunicado. "Estamos intensamente chocados com os eventos da noite passada no museu. Em seus 170 anos de existência, nunca houve um incidente tão grande. Isso também nos dá uma enorme tristeza em relação aos nossos colegas na Romênia. A polícia está investigando, estamos aguardando o resultado disso", declarou.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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