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Guerra: As mudanças humanas trazidas pelos coflitos
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Guerra: As mudanças humanas trazidas pelos coflitos

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Aventuras Na História
01/09/2023 22h54
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Hoje relembraremos a memória que, apesar de dolorosa, é essencial para a humanidade: o  Armistício de Compiègne, o fim da Primeira Guerra Mundial. Há motivo para celebração, pois foram os acontecimentos ocorridos dentro de um vagão de trem, em uma floresta na cidade francesa que dá nome ao armistício, que pôs fim aos longos quatro anos de sofrimento.  Todavia, mesmo que as armas tivessem silenciado naquele 11 de novembro de 1918, ainda faltaria muito para a paz.

As disputas em aberto levariam aos totalitarismos e a um novo conflito mundial 21 anos depois. Essa sucessão de acontecimentos nos leva então a nos perguntarmos: “Por que a guerra”? Foi justamente essa a questão levantada quando, há quase três anos, este colunista começou a escrever a coluna de Forças Armadas e Assuntos Militares da Aventuras na História.

Nossa editora, Izabel Duva Rapoport, a quem agradeço pela parceria, dedicação e esmero em deixar esta revista cada dia melhor, me questionou, antes de me confiar a coluna, sobre o porquê eu ter escolhido como tema de pesquisa, justamente, a guerra. Não há uma resposta única para este questionamento. Mas há um elemento que se destaca: a guerra é onde vemos a verdadeira face do ser humano.

Seja pela ótica da Sociologia, da Economia, da História, ou mesmo das Ciências Militares – minhas áreas de formação profissional –, sempre busquei compreender esse fenômeno humano. E é isto que a guerra é: um fenômeno. Talvez o mais fantástico; e também o mais macabro. Não há nas linhas desta coluna espaço para descrever o que é estudar “o maior dos embates” ou “a política por outros meios”, como disse o militar do Reino da Prússia, Clausewitz, mas há para uma reflexão: a guerra mostra a verdadeira face dos indivíduos.

Soldado durante a Segunda Guerra Mundial - Crédito: Domínio Público

 

Os lados humanos

Seja no calor do campo de batalha, seja nas dificuldades às quais os civis são submetidos, na guerra é quando o lado bom e o lado mau dos seres humanos se mostram. Podemos usar a teoria da “banalidade do mal” da filósofa de origem judaica, Hannah Arendt, para explicar o que leva pessoas aparentemente inofensivas a cometerem as maiores brutalidades, quando expostas a certas situações.

Ou, ainda, podemos falar em “dar poder ao homem para descobrir quem ele é”, como disse o filósofo florentino Nicolau Maquiavel. Em qual outra situação é possível compreender ou questionar ainda mais a natureza humana do que quando exposta aos maiores desafios? Desafios estes que só uma guerra é capaz de apresentar.

Guerras começam e terminam da mesma maneira: disputas mal resolvidas, que desandam para a violência generalizada, causando sofrimento até que os seres sejam forçados a, como em Compiègne, sentar e negociar seu desenlace.

É utópico pensar, como o atual mundo complexo em que vivemos mostra que as guerras tenham chegado ao seu fim definitivo. Mas é justo e correto dizer que, apesar de tantas razões que levam os seres à beligerância, “o homem faz a guerra para poder celebrar a paz”.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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