Guia deixou Juliana sozinha para fumar antes da queda, diz pai da jovem

O pai da jovem Juliana Marins, turista brasileira que caiu em um penhasco durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, acusa o guia responsável e a administração do parque de negligência. Em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, Manoel Marins relatou que Juliana foi deixada sozinha pelo guia, que se afastou para fumar, momento em que ela teria desaparecido.

Segundo Manoel, o próprio guia admitiu que Juliana estava cansada, e ele a orientou a descansar enquanto se afastava. Quando voltou, já não a encontrou.

O contato com Juliana foi perdido por cerca de duas horas. Ainda assim, após a queda, ela permanecia viva e comunicável e, por volta das 6h da manhã, ainda era possível ver a luz de seu capacete, sinal de que aguardava por ajuda.

No desespero, a equipe de resgate tentou alcançá-la com uma única corda, sem sucesso. O guia chegou a amarrar-se nessa corda, que não estava ancorada corretamente, e tentou descer até Juliana, mas também fracassou na tentativa.

A morte da jovem foi confirmada após 4 dias de tentativas de resgate. O corpo dela foi recuperado depois de sete horas de esforços de socorristas e voluntários.

Pai apontou culpados

De acordo com o UOL, Manoel Marins apontou os responsáveis pela tragédia: "Os culpados, no meu entendimento, são o Guia, que deixou Juliana sozinha para fumar, 40 ou 50 minutos, tirou os olhos dela. A empresa que vende os passeios, porque esses passeios são vendidos em banquinha como sendo trilhas fáceis de fazer. Mas o primeiro culpado, que eu considero o culpado maior, é o coordenador do Parque. Ele demorou a acionar a Defesa Civil."

Segundo o Fantástico, acidentes são comuns na região. Um dia após o caso de Juliana, um turista malaio caiu na mesma trilha e precisou ser resgatado com fratura na bacia.