Há 9 mil anos, criança teria sido enterrada com tataravó xamã, revela estudo
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Em Bad Dürrenberg, na Alemanha, uma das descobertas funerárias mais significativas do período Mesolítico ganhou novos contornos com a revelação de conexões familiares e indícios de práticas xamânicas.
Em 1934, pesquisadores identificaram o túmulo de uma mulher, e agora, em preparação para a Exibição Estadual de Jardinagem de 2024, novas escavações revelaram um achado intrigante.
Os arqueólogos, ligados ao Escritório Estadual de Administração e Arqueologia Saxony, Anhalt, e ao Instituto Max Planck para Antropologia Evolucionária, descobriram os restos de uma criança enterrada entre as pernas da mulher, sugerindo uma relação familiar.
A análise dos artefatos presentes no túmulo, incluindo ferramentas de pedra, ossos e dentes de animais, ocre vermelho, galho de veado e dentes de javali, fortalece a hipótese de que a mulher era uma xamã, uma figura comum em rituais da época, como publicado no periódico Propylaeum em novembro deste ano.
A mulher, com idade estimada entre 30 e 40 anos, apresentava características físicas típicas do Mesolítico, com altura de 1,55 metros. A ausência de ligamentos musculares, especialmente nas extremidades inferiores, sugere um estilo de vida de caçadora-coletora.
Revelações do estudo
Surpreendentemente, a análise genética revelou que a mulher tinha pele negra, cabelos lisos e escuros, e olhos azuis, uma combinação única para a região. Utilizando um método inovador de escaneamento de genoma, os pesquisadores identificaram traços genéticos compartilhados entre a mulher e a criança.
Essa análise aponta para uma distância de quatro ou cinco graus de parentesco, sugerindo que a mulher provavelmente era a tataravó da criança, de acordo com informações da Galileu.