Homem publica fotos no Morro do Careca, em Natal, e recebe notificação
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Um homem causou polêmica entre internautas ao publicar fotos no Morro do Careca, em Natal. Embora seja um local que virou cartão postal, o acesso é proibido: se trata de uma área de proteção ambiental.
É proibida a passagem de pessoas pelo local desde 1997. Como resultado, as imagens indignaram internautas. Embora o internauta tenha excluído a publicação, acabou notificado pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), informa o site Tribuna do Norte. Ele foi identificado pelo órgão através da Polícia Civil.
Na legenda das fotos, o rapaz escreveu: "Toda beleza, todo amor, é lindo, é realmente lindo". Caso condenado pela infração, ele pode receber uma multa, que pode ser definida entre R$ 10 mil e R$ 200 mil.
Vale lembrar que a punição é baseada no Decreto Federal Nº 6.514/2008, que destaca: "Considera-se infração administrativa ambiental, toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente".
Internautas repercutem
O caso repercutiu entre internautas: "Sou potiguar com muito orgulho e me entristece muito ver pessoas subindo no morro do careca. O principal cartão postal do RN sendo violado dessa forma. Além de ser crime é falta de senso subir no morro. Desde 1997 é proibido subir por motivos óbvios de preservação ambiental", escreveu uma conta no X, o antigo Twitter.
"Seja um amigo do Morro do Careca! A subida neste patrimônio ambiental é considerada infração ambiental. Preserve-o", publicou outra conta na rede social.
Desde 1997 é proibido subir no Morro do Careca. Por meio de imagens, é possível notar que a areia presente no ponto turístico desce cada vez mais, principalmente, conforme os especialistas, pelo avanço do mar.
"Se nada for feito, a gente pode ter esse ponto de identidade visual perdido. O processo de erosão marinha ocorre em função de mudanças climáticas globais. O mar avança, começa a remover mais areia da praia", explicou Rodrigo de Freitas, professor do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em entrevista ao G1 no ano passado.