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Itamaraty ressalta ‘valor da vida humana’ após a morte de mais de cem palestinos
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Itamaraty ressalta ‘valor da vida humana’ após a morte de mais de cem palestinos

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Aventuras Na História
01/03/2024 18h07
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©Getty Images
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Nesta sexta-feira, 1°, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil publicou uma nota onde denuncia a crise humanitária na Faixa de Gaza e condena o ataque a tiros que tirou a vida de ao menos 100 palestinos durante a entrega de ajuda humanitária. 

O governo Netanyahu volta a mostrar, por ações e declarações, que a ação militar em Gaza não tem qualquer limite ético ou legal. E cabe à comunidade internacional dar um basta para, somente assim, evitar novas atrocidades. A cada dia de hesitação, mais inocentes morrerão", afirmou o comunicado do governo brasileiro.

“A humanidade está falhando com os civis de Gaza. E é hora de evitar novos massacres.”, completou o Itamaraty. Conforme repercutido pelo G1, veículos de imprensa internacionais afirmaram que as tropas de Israel abriram fogo contra as vítimas, que tentavam acessar caminhões com comida e outros itens básicos. 

Em um primeiro momento, as Forças de Defesa de Israel negaram responsabilidade pelas mortes, alegando que os civis morreram em razão de pisoteamentos e brigas. Horas depois, o porta-voz Daniel Hagari afirmou que os soldados realizaram apenas “disparos de aviso” contra a multidão. 

Críticas à Netanyahu

Ainda no documento, intitulado “Ataque a tiros contra palestinos que aguardavam o recebimento de ajuda humanitária na Faixa de Gaza”, o Itamaraty afirmou que “mais de 100 pessoas foram mortas e mais de 750 feridas por tiros, pisoteio ou atropelamento”, sem mencionar as versões conflitantes de Israel e do governo palestino.

As aglomerações em torno dos caminhões que transportavam a ajuda humanitária demonstram a situação desesperadora a que está submetida a população civil da Faixa de Gaza e as dificuldades para obtenção de alimentos no território", diz o órgão do governo brasileiro.

Em seguida, a nota critica a gestão de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense, ao afirmar que cabe à comunidade internacional impedir “novas atrocidades” em Gaza.

“A inação da comunidade internacional diante desta tragédia humanitária continua a servir como velado incentivo para que o governo Netanyahu continue a atingir civis inocentes e a ignorar regras básicas do direito humanitário internacional. Declarações cínicas e ofensivas às vítimas do incidente, feitas horas depois por alta autoridade do governo Netanyahu, devem ser a gota d’água para qualquer um que realmente acredite no valor da vida humana”, diz o texto.

Cessar-fogo imediato

No comunicado do Itamaraty, o Brasil “reitera a absoluta urgência de um cessar-fogo e do efetivo ingresso em Gaza de ajuda humanitária em quantidades adequadas, bem como a libertação de todos os reféns”.

O governo também citou a necessidade e que Israel coloque em prática as medidas cautelares determinadas pela Corte Internacional de Justiça em janeiro deste ano, “que demandam que Israel tome todas as medidas ao seu alcance para impedir a prática de todos os atos considerados como genocídio, de acordo com o Artigo II da Convenção para a Prevenção e a Repressão e Punição do Crime de Genocídio.”. 

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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