Jovem que tentou matar Elizabeth II com uma besta é condenado à prisão
Aventuras Na História
Jaswant Singh Chail, 21, foi condenado a nove anos de prisão por uma tentativa de assassinato contra a rainha Elizabeth II, ocorrida no Natal de 2021, no Castelo de Windsor. O crime foi considerado traição conforme a lei britânica. A decisão aconteceu nesta quinta-feira, 5.
Chail foi detido em 25 de dezembro de 2021, quando tinha 18 anos, nas proximidades dos aposentos da rainha, com o rosto coberto por uma máscara de metal e portando uma besta, um tipo de arco que dispara flechas por meio de um gatilho. Na época, a rainha, com 95 anos, estava no castelo devido à pandemia de COVID-19, celebrando as festas de fim de ano com sua família, incluindo seu filho Charles, que se tornou rei após a morte de Elizabeth II.
Chail foi condenado a uma pena “híbrida” e permanecerá em um hospital psiquiátrico até que seu estado permita sua transferência para a prisão. Seu ato foi classificado como “Treason Act” (Ato de Traição), uma lei raramente invocada no sistema legal britânico. Ele havia enviado um vídeo a vinte pessoas antes da tentativa de assassinato, anunciando suas intenções.
O criminoso afirmou que agiu por ressentimento em relação ao império britânico, buscando vingança contra o “establishment” pelo tratamento dado aos indianos. Ele mencionou o massacre de Jallianwala Bagh em 1919, quando soldados britânicos abriram fogo contra manifestantes indianos, como parte de sua motivação.
Pensamento homicida
Durante o julgamento, foi revelado um vídeo no qual Chail manipulava a besta e anunciava sua intenção de assassinar a rainha Elizabeth II. Vários psiquiatras que o examinaram afirmaram que ele estava passando por alterações psicóticas no momento do crime. No entanto, o juiz apontou que Chail já tinha “pensamentos homicidas” antes de sua condição psicótica.
Essa tentativa de assassinato gerou preocupações no Reino Unido sobre as medidas de segurança para proteger a monarca. O artigo 2 do “Treason Act”, em vigor desde 1842, segundo a AFP, via UOL, e estabelece punições para tentativas de “ferir ou prejudicar Sua Majestade”.