Líder neonazista é acusado de ser espião russo por ex-membros de seu grupo

Aventuras Na História






Rinaldo Nazzaro, ex-contratado do Pentágono e fundador da organização extremista internacional The Base, está sendo acusado por supostos ex-membros do próprio grupo de atuar como agente da inteligência russa. As revelações foram publicadas em um site vinculado a círculos de extrema-direita no Telegram e analisadas pelo jornal britânico 'The Guardian'.
Segundo os autores das denúncias, Nazzaro — que vive entre a Rússia e os Estados Unidos — teria usado a Base como fachada para conduzir operações de sabotagem e assassinato em território ucraniano, alinhadas com os interesses do Kremlin.
As acusações lançam nova luz sobre as mais recentes ações do grupo, que incluem a queima de veículos militares e infraestrutura na Ucrânia, supostamente como parte de um esforço para enfraquecer o governo de Volodymyr Zelensky.
Desconfiança
Os ex-membros alegam que sempre desconfiaram da identidade de Rinaldo, que afirmava ser veterano do Exército americano, mas demonstrava pouco conhecimento prático sobre armamentos e foi visto enviando mensagens de texto em russo com fluência. Eles também destacam que, após as primeiras prisões de integrantes da Base, o líder teria fugido imediatamente para a Rússia.
Tudo isso por si só levou à crença de que [Nazzaro] poderia ser um agente federal russo, e naquela época já era óbvio que ele estava voando da Rússia para cá e para lá", escreveram os membros.
Embora ele negue vínculos com serviços de inteligência, registros revelam que Nazzaro já atuou como analista de alvos para drones militares dos EUA, mas sem histórico de combate direto.
A Base também passou a depender fortemente de plataformas digitais russas, como o VK e o Mail.ru, para coordenar e recrutar agentes — inclusive oferecendo recompensas financeiras por ações na Ucrânia.
Especialistas como Joshua Fisher-Birch, do Counter Extremism Project, alertam que o teor das acusações é particularmente relevante por partir de pessoas que aparentemente participaram da organização.
"Se essas alegações forem verdadeiras, isso transforma a Base de uma célula extremista violenta em uma ferramenta de guerra híbrida conduzida pelo Kremlin", afirma ao Guardian.


