Mais de 70 corpos: O que se sabe sobre o caso da seita que prega jejum no Quênia
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Desde a última semana, autoridades do Quênia, um país com população de quase 50 milhões de habitantes, conforme apurou o portal de notícias G1, têm encontrado corpos de pessoas de uma igreja em que o líder, conforme as investigações, estaria incentivando o jejum para seus seguidores.
Muitos dos corpos que estão sendo encontrados, até o momento, estavam na floresta Shakahola, que fica em Malindi, região leste do país. Eles se encontravam em valas comuns, e a existência deles no local só aconteceu após denúncias de moradores da região. Além disso, as autoridades acreditam que muitas pessoas que são adeptos da seita podem estar ainda em uma região da mata praticando o jejum.
Segundo as investigações, o líder da seita, que foi identificado como Makenzie Nthenge, tinha o costume de incentivar seus seguidores a praticarem o jejum para "encontrar Jesus." Vale ressaltar que a ação não tem nenhuma comprovação cientifica, e, além disso, representa um risco para a saúde.
Ainda, segundo um policial local disse para a agência de notícias Reuters, alguns fiéis acreditavam que se passassem fome, eles iriam para o céu.
Até o momento, Makenzie Nthengefoi preso, e de acordo com informações de uma fonte policial, o homem se encontra “orando e jejuando" enquanto está na prisão. Além dele, conforme a imprensa local repercutiu, outros seis seguidores de Nthenge também foram presos. Vale destacar que Makenzie já conta com passagem pela polícia.
Outros detalhes
Segundo relatório, a polícia disse que tomou conhecimento de várias pessoas "mortas de fome com o pretexto de conhecer Jesus depois que um suspeito, Makenzie Nthenge, fez nelas uma lavagem cerebral".
Além disso, até o momento, o caso já conta com 73 corpos encontrados, e, conforme informou a Cruz Vermelha do Quênia, 112 pessoas foram dadas como desaparecidas.