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Médico cubano hostilizado em 2013 está desempregado e busca oportunidade
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Médico cubano hostilizado em 2013 está desempregado e busca oportunidade

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Aventuras Na História
21/03/2023 23h01
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©Divulgação / Arquivo pessoal
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O médico cubanoJuan Delgado, hostilizado em 2013, quando chegou com grupo de médicos estrangeiros em Fortaleza para integrar a primeira versão do Mais Médicos, encara agora a fatalidade do desemprego com a esperança de ter uma nova chance de retornar à área, na qual atuou por mais de três décadas.

Ele ouviu xingamentos como “escravo” e “incompetente” ao desembarcar em Fortaleza para compor o Mais Médicos. Com o fim do programa, ele optou por ficar no Brasil. Enquanto não consegue revalidar seu diploma, ele tem expectativa na volta do programa.

Para concorrer a um novo contrato com o governo federal, e ter a chance de trabalhar por um salário de R$ 12,8 mil, Juan depende da mesma classe que o hostilizou em 2013, já que precisa que os médicos brasileiros, considerados prioridade, não completem as 28 mil vagas disponíveis na nova versão no programa.

"Com a volta do programa tenho esperança de poder voltar a atender e ajudar as pessoas mais necessitadas nos extremos do Brasil."

Ainda segundo a fonte, ele contou que tentou revalidar seu diploma por meio da prova do Revalida. Juan Delgado tinha uma exceção que garantia sua atuação sem diploma revalidado, no entanto, com as mudanças políticas e de governo, viu a exceção ser bloqueada.

“Eu tentei três vezes. A prova tem muitas questões de especialistas, eu sou clínico geral. O modelo da prova também é muito diferente do que já fiz em exames. Não consegui até agora”, conta.

Hostilizado

Juan atuou por seis anos em uma pequena cidade do Maranhão com cerca de 50 mil habitantes, Zé Doca. À fonte, ele contou que ficou desempregado e 2018 e precisou fazer um bico, na época, vendendo produtos naturais. Juan disse que foi morar com sua namorada, cuja família o ajudou com necessidades básicas.

"Eu ganhava muito menos que um salário-mínimo com a venda dos produtos", disse ao G1.

Ele contou que o prazo se estendeu até a chegada do coronavírus quando em 2020 foi novamente contratado, no entanto, esse contrato acabou em julho de 2022.

A gente fica triste. Sou médico há 30 anos. Ver um diploma, a dedicação de uma vida, muito tempo parado sem poder exercer a medicina. É muito difícil para a gente", conta o médico cubano.
Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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