Morre aos 81 anos ex-mercenário contratado para matar Pablo Escobar
Aventuras Na História
Nesta terça-feira, 19, as redes sociais do veterano escocês e herói do Serviço Aéreo Espacial do Reino Unido, Peter McAleese, anunciaram sua morte aos 81 anos. No final da década de 1980, ele liderou uma tropa de elite para tentar assassinar o narcotraficante mais famoso da história: Pablo Escobar.
Durante a missão que visava invadir a mansão de Escobar na Colômbia, em 1989, o helicóptero de McAleese despencou ao sobrevoar os Andes. O piloto veio a óbito na hora, mas o veterano sobreviveu ferido por três dias na encosta de uma montanha até a chegada do resgate. Na ocasião, ele foi pago US$ 1 milhão por um cartel rival do narcotraficante para eliminar Escobar.
É com o coração vazio que lamento informar que na tarde de segunda-feira Peter McAleese completou sua última missão e partiu para a grande reorganização no céu. Tenho certeza de que falo em nome de muitas pessoas quando digo que Peter foi um guerreiro no mundo militar e um cavalheiro nas ruas, embora Peter não gostasse de ser chamado de lenda, é verdade que grande parte de sua jornada foi lendária”, diz a publicação de despedida.
Mercenário
Em sua passagem pelo podcast James English, McAleese detalhou a missão de assassinato e sua vida como mercenário após deixar as forças armadas britânicas.
Voamos direto para a Colômbia e nos encontramos com um cara chamado Jorge Salcedo e ele nos informou sobre o que estava acontecendo. Havia uma batalha contínua entre o cartel de Cali e o cartel de Medellín e eles só queriam Pablo fora do caminho porque ele estava atrás deles. Também houve envolvimento do exército, pois Jorge Salcido era coronel do exército. O lado da inteligência do exército queria acabar com os dois cartéis e pensou que eles iriam lutar entre si, eles poderiam acabar um com o outro”, afirmou o ex-soldado ao programa.
Conforme repercutido pelo jornal O Globo, McAleese iniciou o treinamento do grupo de 12 soldados de elite, que incluíam ex-membros de forças especiais e tropas de operações secretas, em um campo de futebol.
Pouco tempo depois, eles passaram a treinar em um campo de selva, que simulava com maior precisão o ambiente que eles iriam encontrar na Colômbia. Cada um dos participantes recebeu US$ 5 mil por mês para se dedicar à missão contra Escobar.
Fizemos alguns ensaios ao vivo, vestindo todo o kit que usaríamos no alvo, carregando as armas que usaríamos. Nós apenas praticamos e praticamos. Muitos de seus guarda-costas e seguranças eram apenas caras que andavam com uma revista no cinto e carregando uma Uzi ou alguma submetralhadora. Entramos lá carregando munição suficiente para matar quase 3.000 homens. Estávamos equipados até os olhos, além do fato de termos um helicóptero de combate, que pensamos que iria nivelar tudo. A confiança estava do nosso lado, nenhum dos homens duvidou dela”, acrescentou o ex-mercenário.
Em seus últimos anos de vida, Peter McAleese administrou um pub na Inglaterra. Antes disso, em 1993, ele publicou um livro de memórias intitulado 'No Mean Soldier'.