Mulher que escapou de Ted Bundy dá entrevista sobre serial killer: 'Homenzinho triste'
Aventuras Na História
Em uma madrugada de 1978, a casa onde Kathy Kleiner Rubin, então uma estudante universitária de apenas 20 anos, dividia com outras jovens, foi invadida por um intruso armado com uma tora de madeira.
O agressor matou duas moradoras da casa naquela noite, as espancando até a morte, e então seguiu para outro cômodo, onde dormia Kathy e uma amiga. A norte-americana acordou quando o homem desconhecido esbarrou em um móvel na escuridão, e então foi golpeada com a tora, o que, além de cortar sua bochecha e quase arrancar sua língua, quebrou seu queixo e mandíbula.
Por sorte, a passagem de um carro na rua lançou a luz de faróis pela janela, alarmando o invasor, que então decidiu fugir da cena do crime.Kathy e sua colega de quarto conseguiram, assim, sobreviver ao traumático episódio.
Na época, elas ainda não sabiam disso, mas quem havia arrombado a residência, as agredido e assassinado as estudantes que vivam com elas era Ted Bundy, um dos mais conhecidos serial killers da história dos Estados Unidos. Na época, o criminoso, que cometeu cerca de 30 homicídios até onde sabemos, estava foragido, tendo escapado de uma prisão um mês antes.
Relatos
Em um livro de memórias lançado recentemente (intitulado como 'Uma luz no escuro: Sobrevivendo mais do que Ted Bundy'), a mulher falou sobre essa e outras experiências de sua vida. Em ocasião do lançamento, Kathy Kleiner Rubin deu uma entrevista à revista People para revelar seus pensamentos a respeito do serial killer.
“Ele queria que as pessoas vissem o que ele queria que vissem", afirmou a estadunidense ao veículo, acrescentando que Bundy era "desviante" e "doente".
Quando a justiça norte-americana executou o assassino em 1989, convidou a sobrevivente para assistir sua morte na cadeira elétrica, mas Kathy recusou, já tendo deixado sua experiência traumática para trás.
De acordo com ela, Ted Bundy estava "fora de sua vida": "Não era necessário. Ele era um homenzinho triste", concluiu.
Em seu livro de memórias, inclusive, a mulher dá muito mais espaço justamente para as vítimas que, diferente dela, não conseguiram escapar com vida.
Eu trouxe uma voz para cada um deles, porque conforme você lê as coisas agora na mídia, é apenas um parágrafo com os nomes das [vítimas] e vírgulas — é muito triste", explicou, ainda conforme a People.