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Museu na Tasmânia coloca obras de Picasso no banheiro feminino a 'pedido' do artista
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Museu na Tasmânia coloca obras de Picasso no banheiro feminino a 'pedido' do artista

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Aventuras Na História
24/06/2024 15h42
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©Domínio Público via Wikimedia Commons
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Recentemente, o Museu de Arte Antiga e Nova (MONA) da Tasmânia tomou uma decisão bastante inusitada em seu acervo. Isso porque ele relegou parte de sua coleção do pintor espanhol Pablo Picasso a um banheiro feminino, depois que uma decisão judicial obrigou a instituição a admitir homens em uma exposição que, a princípio, era exclusivamente feminina.

A alternativa inusitada foi divulgada pela artista Kirsha Kaechele — esposa do proprietário do MONA, David Walsh — em seu Instagram, ao publicar um vídeo mostrando ao menos duas pinturas em um banheiro. Antes da decisão do tribunal, inclusive, todos os banheiros eram unissex, mas agora são separados em femininos e masculinos.

 

Segundo o The Guardian, anteriormente, o museu contava com uma área chamada Ladies Lounge ("Salão Feminino"), exclusiva para mulheres, que Kaechele criou com a intenção de fazer uma experiência de exclusão dos homens. Lá, estavam algumas das melhores obras expostas no museu, incluindo criações de Picasso.

Isso sem mencionar que era um espaço em que as mulheres eram mimadas por mordomos masculinos, que lhes serviam champanhe enquanto poderiam apreciar as mais aclamadas obras.

Porém, em abril, o Tribunal Civil e Administrativo da Tasmânia (Tascat) determinou que o Ladies Lounge era considerado discriminatório, depois que um homem que teve sua entrada no local negada em 2023 entrou com queixa. O museu então teve um prazo de 28 dias para começar a aceitar qualquer pessoa no Ladies Lounge, mas em vez disso, decidiram fechar a exposição — e assim está até agora.

Intenção

No vídeo publicado recentemente, Kaechele narrou a experiência ao ter que decidir fechar o Ladies Lounge após uma ação judicial movida por um homem, e que não sabia o que fazer com as obras de Picasso que ali estavam. Ela mencionou que vai sugerir reclassificar o Ladies Lounge como uma igreja, escola ou acomodação, sob leis que permitam ou neguem o acesso com base no gênero.

Em março deste ano, a artista ainda havia compartilhado que se sentia "absolutamente encantada" com o fato de o caso ter alcançado o tribunal, após a reclamação de um homem. Afinal, isso seria inclusive parte de sua intenção com a organização da exposição.

Os homens estão vivenciando o Ladies Lounge, sua experiência de rejeição é a obra de arte", disse na época.
Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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