Home
Notícias
Navalny: Governo russo ameaça enterrar opositor na prisão onde ele morreu
Notícias

Navalny: Governo russo ameaça enterrar opositor na prisão onde ele morreu

publisherLogo
Aventuras Na História
23/02/2024 21h24
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
https://timnews.com.br/system/images/photos/16072033/original/open-uri20240223-18-xogo2j?1708725056
©Getty Images
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE

Nesta sexta-feira, 23, a equipe do opositor, Alexei Navalny, afirmou que as autoridades russas estão ameaçando enterrá-lo no terreno da colônia penal do Ártico onde ele morreu. Os apoiadores do líder da oposição russa acusam os investigadores de tentarem impor um funeral sigiloso.

Mais de 20 figuras públicas do cenário cultural russo, conhecidas por suas críticas ao Kremlin, solicitaram às autoridades que entreguem o corpo de Navalny a seus familiares, que o reivindicam desde seu falecimento há uma semana.

Há uma hora, um investigador ligou para a mãe de Alexei e deu-lhe um ultimato. Ou ela concorda com um funeral secreto sem despedida pública dentro de 3 horas, ou Alexei será enterrado em uma colônia. Ela se recusou a negociar com o Comitê de Investigação porque eles não têm autoridade para decidir como e onde ela deveria enterrar seu filho", afirmou a porta-voz de Navalny, Kira Yarmish, em seu perfil do X, antigo Twitter.

Yarmish também disse que Liudmila Navalnaya, mãe do opositor, continua pedindo às autoridades que lhe entreguem o corpo do filho para a realização de um funeral público. Na quinta-feira, 22, Navalnaya declarou que finalmente conseguiu ver o corpo de Alexei e denunciou as tentativas de “chantagem” para obrigá-la a realizar um funeral “em segredo”.

Ela exige o cumprimento da lei, que obriga os investigadores a entregar o corpo no prazo de dois dias a partir do apuramento da causa da morte. De acordo com os documentos médicos que ela assinou, esses dois dias expiram amanhã. Ela insiste que as autoridades permitam que o funeral e a cerimônia fúnebre sejam realizados de acordo com os costumes", acrescentou Yarmish, em seu post na rede social. 

Chantagem

Conforme repercutido pelo jornal O Globo, pessoas próximas a Navalny acusam o governo russo de responsabilidade pela morte do opositor, além de querer impedir a realização de um funeral público, para evitar qualquer mobilização de seus apoiadores. 

Em 2010, antes de ser alvo da máquina de repressão, Navalny conseguia mobilizar multidões, especialmente em Moscou, justificando o status de principal opositor do presidente russo, Vladimir Putin.

Nesta sexta-feira, 23, sua equipe solicitou à polícia, ao exército e aos serviços de segurança que forneçam qualquer informação sobre o “assassinato” de Navalny. Em troca, eles prometeram uma “recompensa de 20 mil euros e a organização de sua saída do país, se assim desejar”. A quantia equivale a aproximadamente R$ 106 mil.

Não importa seu status ou se compartilha das opiniões políticas de Alexei Navalny. Há princípios humanos fundamentais: não podem abusar de uma mãe e chantageá-la com o corpo de seu filho assassinado", afirmou sua equipe no Telegram.

Inimigo Público n.º 1

Colegas do ativista anticorrupção, que faleceu na semana passada em uma colônia penal no Ártico, divulgam desde a noite de quinta-feira, 22, os apelos de diversas personalidades.

Entre elas estão o jornalista e ganhador do Prêmio Nobel da Paz, Dmitri Muratov, o cineasta Andrei Sviaguintsev, o escritor Viktor Shenderovich e a ativista da banda punk Pussy Riot, Nadejda Tolokonnikova.

Putin temeu Navalny por muitos anos e continua temendo-o após a sua morte. Depois de matá-lo, ainda o teme", comentou Shenderovich, tido pelas autoridades russas como um "agente estrangeiro" por suas críticas à guerra na Ucrânia.

Na última semana, centenas de pessoas foram detidas pela polícia russa por homenagear o principal opositor de Putin, que até agora não se pronunciou publicamente sobre o falecimento. Os governos ocidentais também apontaram o Kremlin como responsável por sua morte.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE
Confira também