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Navio de festas proibidas de Al Capone é revisitado após 90 anos de naufrágio
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Navio de festas proibidas de Al Capone é revisitado após 90 anos de naufrágio

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Aventuras Na História
21/01/2023 14h52
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Em 1920, a Constituição norte-americana estabeleceu, na 18ª Emenda, a chamada Lei Seca; que proibia a fabricação, comércio, transporte, exportação e importação de bebidas alcoólicas. A medida, ineficaz, tinha o intuito de combater a epidemia do alcoolismo no país. 

Entretanto, Al Capone era um dos gângsteres que conseguia driblar a medida. Para isso, dava festas regadas a muita bebida em um navio, o Keuka, que tinha quase 61 metros de comprimento. A embarcação acabou naufragando em 1933, mesmo ano em que a Lei Seca acabou, mas foi revisitado pelo mergulhador Chris Roxburgh na primeira semana deste ano. 

Detalhes do naufrágio do Keuka/ Crédito: Divulgação/Chris Roxburgh

 

O Keuka

O navio Keuka foi construído em 1889, mas foi após a Lei Seca que ele atingiu seu auge. Segundo reportado pelo Daily Mail, a embarcação se tornou um salão de festa flutuante, com música ao vivo e uma taberna clandestina — que era abastecida por Al Capone. 

Naufragado no Lago Charlevoix, no Michigan, o navio foi revisitado por Chris, que além de mergulhador também é fotógrafo especializado em imagens embaixo d’água. “Os destroços estão intactos, ele está de pé, com boa iluminação e rodeado por águas limpas. Está estranhamente à espreita sob a superfície, com muitas histórias para contar”, apontou ao Daily Mail. 

Detalhes do naufrágio do Keuka/ Crédito: Divulgação/Chris Roxburgh

 

Durante a expedição, que aconteceu ao lado de seu colega de trabalho Lee Rosenberg, o profissional relatou que foi fácil olhar para o Keuka e imaginar "como ele era em 1929, quando as festas e a jogatina estavam com tudo, e a bebida fluía como se fosse um rio".

Por dentro, é um navio comprido, com áreas abertas, com cerca de 61 metros de comprimento e mais de dois andares de altura. As luzes brilham pelos buracos nas portas, criando sombras pelo caminho da barcaça", continuou. 

Em um post em seu Facebook, Chris ainda demonstrou surpresa com a quantidade de peixes que encontraram abrigo no barco. 

Detalhes do naufrágio do Keuka/ Crédito: Divulgação/Chris Roxburgh

 

Ponto de interesse

De acordo com o Northern Express, o Keuka "era um daqueles lugares onde todo mundo sabia que podia conseguir uma bebida durante a Lei Seca". Chris conta que, segundo a lenda local, o gângster e seus homens forneciam bebidas alcoólicas para o navio, onde também funcionava um cassino durante a Lei Seca. 

Ele [Al Capone] tinha uma casa perto de Charlevoix e as pessoas dizem que o viram por ali naqueles anos. Ele tinha diversos esconderijos no norte de Michigan", explica.

Detalhes do naufrágio do Keuka/ Crédito: Divulgação/Chris Roxburgh

 

A localização no lago em Michigan, aliás, era totalmente estratégica, afinal, o local permitia avistar toda a região, o que facilitava caso alguma batida policial fosse ‘visitá-lo', já que daria tempo de esconder todas as irregularidades. Apesar disso, Roxburgh também diz acreditar que Al Capone subornava alguma autoridade local. 

Um ponto curioso é que o barco sempre apresentava problemas, relata o Daily Mail, o que fazia que um funcionário fosse contratado apenas para mantê-lo funcionando todos os dias. O empregado era pago com whisky. 

Detalhes do naufrágio do Keuka/ Crédito: Divulgação/Chris Roxburgh

 

O destino do Keuka

As atividades do Keuka continuaram até o dia 1º de janeiro de 1931, quando o gerente da embarcação, Ed Latham, foi baleado por um cliente bêbado, relata uma reportagem do The Boyzen Citizen resgatada pelo Daily Mail. 

Assim, o capitão J.H. Gallagher suspense o comércio de bebidas. Já em 1932, relata Chris ao The Kansas City Star, o Keuka foi confiscado e leiloado pela polícia. O navio foi vendido a um grupo de uma igreja local. 

Detalhes do naufrágio do Keuka/ Crédito: Divulgação/Chris Roxburgh

 

O Keuka continuou a navegar pela região, agora sem abrigar atividades discriminadas. Porém, ele naufragou no ano seguinte. O motivo permanece um mistério até os dias atuais. O navio descansa a mais de 15 metros de profundidade no fundo do lago. 

Os rumores dizem que, depois que o gerente do navio foi baleado a bordo, ele foi afundado por este grupo de uma igreja local que estava cansada das 'festas do demônio' com bebida, música, coquetéis e mulheres", sugere Chris.

 

 

 

 

 

 

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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