O acidente tóxico em Ohio que está sendo comparado a Chernobyl
Aventuras Na História
No último dia 3 de fevereiro, um trem que cruzava a divisa entre os estados norte-americanos de Ohio e Pensilvânia acabou se acidentando na ferrovia e descarrilando 150 vagões. O fato poderia ser rapidamente revertido ao recolher o veículo dos trilhos e realocar o trem.
O problema, no entanto, partiu de 20 destes vagões que acabaram se soltando; eles estavam carregados de galões de cloreto de vinila, estimado em quase 100 mil deles por alguns veículos estadunidenses.
Altamente inflamável, o material explodiu, espalhando fogo na região rural e levantando uma parede de fumaça preta por toda a composição atmosférica da área, obrigando uma rápida evacuação de 2 mil pessoas num raio de 1,6 quilômetros do acidente.
A nuvem tóxica causada pelo material tem poderes letais contra o organismo humano; o contato com o cloreto de vinila pode causar queimaduras graves e, em caso de inalação, sérios danos ao pulmão.
As autoridades norte-americanas ainda não conseguem divulgar se existem vítimas nas casas próximas, visto que concentraram, em uma grande operação supervisionada pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, esforços para liberar o restante da substância e conter as chamas ao longo dos três dias seguintes ao acidente.
Comparado a Chernobyl
O assunto chamou ainda mais atenção no Brasil após o jornalista Camarada Hidalgo indagar a abordagem da imprensa norte-americana, associando a ausência de preocupação no tom de reportagens e coberturas locais com o fato do governo da União Soviética ter escondido os efeitos máximos do acidente nuclear da usina de Chernobyl, ocorrido em 1986.
Na ocasião, o reator nuclear de nº 4, localizado próximo a Pripiat, no norte da Ucrânia, centralizou uma explosão de vapor após um teste de segurança que saiu do controle, com chamas que perduraram semanas, além da liberação massiva de materiais radioativos sendo liberados no ar naquele que seria o maior acidente nuclear da história, com efeitos espalhados por toda a Europa Ocidental.
A publicação obteve mais de 40 mil curtidas desde que foi publicada, no último domingo, 12, nove dias depois do acidente ter ocorrido nos Estados Unidos. No entanto, como acrescentou o portal G1, os alertas noticiosos sobre os efeitos do material químico já reverberam de maneira alarmante na comunidade local.
A explosão não apenas obrigou milhares de pessoas a deixarem suas residências na divisa entre Ohio e Pensilvânia, mas, com o conhecimento do fato, temem ter perdido todos os bens materiais e que, ao retornarem, sofram com os efeitos da substância cancerígena.