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O homem no corredor da morte que trocou a cadeira elétrica pelo fuzilamento
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O homem no corredor da morte que trocou a cadeira elétrica pelo fuzilamento

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Aventuras Na História
20/11/2022 23h00
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©Departamento de Correções da Carolina do Sul
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As penas de morte marcam a justiça dos Estados Unidos como um ponto final para a trajetória tenebrosa de diversos criminosos. Estabelecida em 1976 pela Suprema Corte Americana, ela respeita as instâncias jurídicas até a última tentativa do acusado, visando puni-lo por atos temerários contra a vida e a civilidade.

Contudo, algumas alternativas aos condenados podem ser oferecidas; além da tradicional refeição final, à escolha do detento, existem algumas opções para ser levado ao óbito. Enquanto aguarda a resolução, eles ficam no chamado corredor da morte, onde aguarda a data de sua execução, podendo ser realizada por injeção letal, cadeira elétrica ou, em raras ocasiões, por fuzilamento.

As opções não são selecionadas pela Justiça, visto que possuem a mesma finalidade, mas sim pelo condenado, que pode avaliar o que é mais válido em relação a constituição de seus valores morais e éticos. Assim se fez, em abril de 2022, pelo prisioneiro RichardBernard Moore, de 57 anos.

Condenado a morte desde 2001 por assassinar um balconista dois anos antes, ele optou por ser executado por um pelotão de fuzilamento. Antes dele, apenas três outros homens fizeram questão de escolher o método violento. O homem chegou a ter uma tentativa por injeção letal cancelada em 2020, devido a falta de medicamentos para produzir a dose, como informou o portal de notícias UOL.

Motivo da escolha

Com a crise no fornecimento de injeções letais durante a pandemia de covid-19, restaram apenas duas opções, rejeitando a eletrocussão e optando pelos disparos fatais. Em nota divulgada pela defesa do homem, ele afirmou que, forçado a escolher entre os métodos restantes, via inconstitucionalidade, visto que não era cumprido o que foi assegurado por lei.

Não acredito que o Departamento [de Correções] deva certificar que um método prescrito por lei, como injeção letal, não esteja disponível sem demonstrar um esforço de boa-fé para disponibilizá-lo", acrescentou, preferindo a opção mais rápida e garantida.
Filme registra treinamento de execução por fuzilamento / Crédito: Divulgação/Vídeo/YouTube

Uma das advogadas do homem, Lindsey Vann, ainda apontou ausência de esforço por parte das autoridades ao não disponibilizar a injeção: "A cadeira elétrica e o pelotão de fuzilamento são métodos de execução antiquados e bárbaros que praticamente todas as jurisdições norte-americanas deixaram para trás", disse ao Associated Press.

+Conheça Romell Broom, o homem que sobreviveu a 18 tentativas de injeção letal

A decisão do homem chocou, inclusive, os responsáveis pelo agendamento de sua morte. Com a execução inicialmente planejada para 29 de abril de 2022, a Suprema Corte da Carolina do Sul suspendeu a decisão faltando apenas 8 dias para a data, avaliando que a justificativa da defesa é válida, visto que os componentes da injeção poderiam ser posteriormente comprados com maior facilidade do que no momento da decisão. Desde então, Moore continua aguardando uma resolução.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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