O que aconteceu com o Maníaco do Parque após mais de duas décadas?
Aventuras Na História
Em 1998, uma onda de crimes assolou o Parque do Estado, situado na região sul da capital de São Paulo. No local, ao menos seis mulheres foram encontradas sem vida, apresentando marcas de abuso sexual.
O autor dos assassinatos era Francisco de Assis Pereira que ficou conhecido como o Maníaco do Parque, tornando-se um dos serial killers mais brutais do país.
Francisco de Assis Pereira foi condenado a 268 anos de prisão e, em 2036, poderá ganhar o benefício do regime semiaberto. Pouco mais de duas décadas, a história do Maníaco do Parque continua despertando curiosidade no imaginário brasileiro. Mas afinal, o que aconteceu com o assassino hoje em dia?
Rebelião e falsa morte
Em dezembro de 2000, a Casa de Custódia enfrentou uma sangrenta rebelião. Na época, a mídia chegou a noticiar que o Maníaco do Parque teria sido morto durante o ataque, no entanto, sua vida foi poupada por Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola — considerado o líder do PCC — e Idemir Carlos Ambrósio, o Sombra.
Marcola e Sombra acreditavam que se o Maníaco do Parque fosse morto, a imprensa voltaria sua atenção para este acontecimento, ignorando o verdadeiro propósito da rebelião.
Após o ocorrido, Pereira foi transferido para outra unidade, passando por diversas prisões, até ser alocado na Penitenciária de Itaí. Nos primeiros anos, o local recebia inúmeras cartas de mulheres destinadas ao Maníaco do Parque. No entanto, hoje em dia, Pereira não recebe mais visitas nem correspondências.
Penitenciária de Iaras
Atualmente, Pereira encontra-se detido na Penitenciária de Iaras, no interior de São Paulo. O local é conhecido por abrigar presos condenados por estupro ou ameaçados de morte.
Segundo a coluna de Josmar Jozino, no UOL, aos 52 anos, em texto de 2020, o maníaco passa seus longos dias dedicando-se ao artesanato. Antes das visitas serem suspensas por causa da pandemia do novo coronavírus, Pereira vendia bordados de tapetes e toalhas para parentes de colegas do presídio.
O colunista também explica que o criminoso não possui amigos e prefere passar a maior parte do tempo sozinho, lendo a Bíblia Sagrada. Devoto do cristianismo, uma vez por semana, ele possui o hábito de frequentar o culto evangélico, onde faz orações.
Jozino relata que ele é considerado um preso que apresenta bom comportamento e divide a cela com outras 11 pessoas. No entanto, por ser um dos presos mais antigos, ele possui o privilégio de dormir num colchonete fornecido pelo Estado.