O que aconteceu com os réus do caso Henry Borel?
Aventuras Na História
A madrugada do dia 8 de março de 2021 é marcada na história das páginas policiais como uma das datas mais duras quando o assunto é violência contra criança; em tal ocasião, falecia o garoto Henry Borel Medeiros, que deu entrada desacordado em um hospital no Rio de Janeiro com lesões espalhadas pelo corpo.
Seu padrasto, Jairo Souza Santos Júnior, então vereador na capital fluminense conhecido pelo apelido de Jairinho, justificava que o pequeno havia sofrido um acidente doméstico, que não convenceu autoridades, resultando na prisão preventiva do político ao lado da mãe do garoto, Monique Medeiros, pouco após a morte do menino.
Dois anos após o crime, o caso será ilustrado na nova versão do programa 'Linha Direta', da TV Globo, reproduzindo os passos desta tragédia que marcou o Brasil pela crueldade. Contudo, se engana quem acredita que os réus no caso já foram sentenciados por qualquer envolvimento na morte.
Monique e Jairo ainda aguardam a conclusão do processo criminal, somando diversas acusações após idas e vindas prisionais, como informou o jornal O Globo. A mãe já foi absolvida de acusações de fraude processual, falsidade ideológica e de ter torturado o filho. O ex-vereador, absolvido apenas de fraude processual.
Últimos e próximos passos
Apesar das absolvições, Jairinho ainda deve responder às acusações de homicídio e tortura, e segue em cárcere no Presídio Pedrolino Werling de Oliveira, popularmente conhecido como Bangu 8.
Monique também deve responder por homicídio e coação, mas encara o processo em liberdade desde agosto do ano passado, sem a necessidade de usar tornozeleira eletrônica, como decidiu o Supremo Tribunal de Justiça (STJ).
O padrasto do garoto não teve a mesma possibilidade, tendo todos os pedidos de habeas corpus negados pelo Tribunal de Justiça do Rio. No entanto, dentro da cadeia, atua como auxiliar de serviços gerais.
A mãe de Henry também conseguiu uma ocupação, trabalhando setor administrativo do almoxarifado da Secretaria Municipal de Educação, no entanto, fora afastada do cargo por problemas relacionados a sua folha de ponto. O jornal O Globo acrescenta que a mulher, formada em pedagogia, sofreu com uma recepção negativa por parte de colegas do mesmo setor.
Jairo, por sua vez, é formado em medicina, mas é alvo de um processo que tramita no Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), visando a cassação de seu registro em definitivo. Atualmente, ele tem uma interdição cautelar, cuja impossibilidade de exercer a profissão pode ser temporária.