O que disse a enfermeira condenada por matar sete bebês?
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Na última segunda-feira, 21, a enfermeira Lucy Letby, de 33 anos, foi considerada culpada de 14 das 22 acusações. Ela foi condenada pelos assassinatos de sete bebês, e ainda as tentativas de assassinato contra outros seis.
Os ataques contra os 13 recém-nascidos foram executados pela mulher britânica entre 2015 e 2016, enquanto trabalhava para o Hospital do Condado de Chester, localizado na porção noroeste da Inglaterra.
Como consequência, Letby foi condenada à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional, se tornando a quarta mulher na história da Grã-Bretanha a receber essa sentença, conforme repercutiu o The Guardian.
A profissional da área da saúde trabalhava na ala neonatal de seu hospital no período dos crimes, e, segundo concluiu o julgamento, alguns dos métodos que utilizou para tirar as vidas dos bebês que atacou envolveram injetar bolhas de ar na corrente sanguínea dos pequenos, os superalimentar com leite e os envenenar com insulina, medicamento para tratamento de diabete.
Lucy Letby tentou enganar seus colegas e fingir que o mal que ela causou era nada mais do que um agravamento da vulnerabilidade já existente de cada bebê. Em suas mãos, substâncias inócuas como ar, leite, fluidos – ou medicamentos como a insulina – se tornariam letais. Ela perverteu seu aprendizado e transformou sua arte em uma arma para infligir dano, dor e morte”, afirmou o promotor do caso, Pascale Jones, durante o tribunal que julgou a enfermeira.
Post-its perturbadores
Uma das evidências empregadas para condenar Letby foram mensagens encontradas pela polícia ao realizarem uma busca em sua residência. Um post-it descoberto no diário da enfermeirao, em particular, chamou a atenção das autoridades. A mensagem escrita à mão pela mulher possui tom de confissão:
Eu não mereço viver. Eu os matei de propósito porque não sou boa o suficiente para cuidar deles. Eu sou uma pessoa horrível e má (...) Eu sou má. Eu fiz isso", escreveu a britânica no bilhete.
Anteriormente à investigação policial, vale mencionar que a mulher já havia sido alvo de desconfianças. O primeiro a suspeitar dela foi um médico sênior do hospital de Chester, Ravi Jayaram, que levou suas preocupações à administração do local após flagrar Lucy tendo comportamentos estranhos.
Ele pressionou a instituição de saúde a tomar uma atitude durante meses antes do sindicato do Royal College of Nursing (Colégio Real de Enfermeiras, em tradução livre) ser contatado.
A apuração realizada pelo órgão, no entanto, a considerou inocente e até mesmo aconselhou os médicos da instituição de saúde onde ela trabalhava a lhe enviarem um pedido de desculpas por escrito, conforme informou a CNN.
Entre 2018 e 2020, após o envolvimento da polícia no caso, Lucy Letby foi presa em três ocasiões diferentes. Contudo, ela só permaneceu atrás das grades em definitivo após novembro de 2020, quando foi indiciada pelos homicídios dos recém-nascidos.
A enfermeira sempre alegou que era inocente, porém seu julgamento concluiu o contrário, e, agora, a serial killer de bebês está prevista para passar o restante de sua vida na cadeia.