O que disse o relatório do FBI sobre espiões russos no Brasil?
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No último mês de março, o FBI (Departamento de Polícia dos EUA) liberou um relatório a respeito de supostos cidadãos russos vivendo no Brasil que seriam suspeitos de realizar espionagem para o Kremlin.
Um deles é Serguei Vladimirovitch Tcherkasov, de 37 anos, que já vive no país há mais de dez anos sob o nome de "Victor Müller Ferreira", um brasileiro nascido em Niterói, Rio de Janeiro, conforme repercutiu o g1.
Ele já está detido pela Polícia Federal desde abril de 2022, tendo sido condenado a 15 anos de prisão por fraude de identidade. As autoridades apuram ainda outros crimes do qual Serguei é suspeito, como lavagem de dinheiro, corrupção e espionagem em si.
Na época de sua prisão, o homem russo havia tentado viajar para a Holanda para fazer um estágio no Tribunal Internacional de Haia, mas acabou sendo deportado de volta para São Paulo após a polícia holandesa receber uma dica do FBI.
Vale mencionar que existem fotografias de Tcherkasov vestindo a farda do exército russo ainda em 2008. A polícia dos EUA acredita que ele seja um soldado do Serviço de Inteligência Militar da Rússia (GRU, na sigla original).
Outro suspeito
Outro suspeito de espionagem é um homem que usava o nome de Gerhard Daniel Campos Wittich no Brasil, fingindo ser descendente de austríacos. Seria, porém, de nacionalidade russa, com a mídia internacional divulgando apenas seu sobrenome: Shmyrev.
No país, ele trabalhava como empresário no ramo da tecnologia de impressoras 3D, chegando a ter fechado contratos com órgãos oficiais brasileiros, como a Marinha e o Ministério da Cultura. Os negócios teriam ocorrido durante o ano de 2020, com Shmyrev tendo fornecido equipamentos relevantes ao enfrentamento da pandemia de covid-19.
Infelizmente, o homem teria retornado à Rússia antes que as autoridades brasileiras pudessem capturá-lo, ainda de acordo com o g1.