O que mostra o 'graffiti viking' de 1.200 anos encontrado na Islândia
Aventuras Na História
Uma descoberta arqueológica revelou a representação visual mais antiga da Islândia. Acredita-se que o “Graffiti Viking”, desenho encontrado nos destroços de uma antiga habitação coletiva, seja datado do século 9, no início da ocupação da ilha.
Em entrevista ao portal Live Science, o pesquisador Bjarni F. Einarsson explicou que o desenho de 1.200 anos mostra a representação de um veleiro com uma corda que conecta a vela à proa da embarcação.
O casco do navio não está completamente desenhado, algo que é comum em ilustrações vikings. Outros objetos também foram encontrados, como pesos de chumbo, prata cortada (uma espécie de moeda) e vestígios de ouro.
“Isso sugere que o líder da comunidade vivia no salão encontrado. Provavelmente, porém, esse espaço era dividido com outras famílias, pessoas de todas as classes – até mesmo escravizados”, afirmou Einarsson.
Famosos por produzir diversos tipos de imagens em suas jornadas, grafites do mesmo período já foram encontrados em outros locais arqueológicos, entre eles: padrões geométricos, inscrições rúnicas e até mesmo textos obscenos e pornográficos.
Datação
Essa descoberta artística é apenas uma entre muitas relíquias encontradas nesse espaço. O processo de datação por radiocarbono e tefra vulcânica expôs que os vikings estiveram na habitação em três períodos distintos: antes de 800 d.C., logo após 800 d.C. e na segunda metade do século 9. Essas datas coincidem com a chegada dos vikings à Islândia.
Anteriormente, a escultura mais antiga da Era Viking datava do século 10. Após as escavações, a representação do navio foi descoberta, em um corredor de 43 metros de comprimento, em uma parede da fase intermediária do assentamento. Essa posição sugere que o achado pertence à segunda metade do século 9.