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O que realmente diz o artigo 142 da Constituição?
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O que realmente diz o artigo 142 da Constituição?

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Aventuras Na História
03/11/2022 20h30
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https://timnews.com.br/system/images/photos/15279323/original/open-uri20221103-17-1xbiq69?1667507478
©Getty Images
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A eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir a presidência do Brasil a partir de 2023 mobilizou apoiadores do petista em uma grande festa realizada na noite de domingo, 30, após vencer o candidato a reeleição, Jair Messias Bolsonaro (PL).

Lula protagoniza um momento histórico, sendo o primeiro presidente da história do Brasil, eleito três vezes. Tendo sido eleito pelo voto popular também em 2002 e 2006. Também se torna o mais velho eleito, aos 76 anos de idade.

Contudo, a vitória revolta os contrários aos resultados que, em diversos pontos do país, se reúnem há dias, chegando a bloquear rodovias como forma de protesto pelo resultado.

Manifestantes solicitação intervenção em protestos / Crédito: Getty Images

Bolsonaro, por outro lado, é o primeiro presidente a perder uma reeleição desde a redemocratização do Brasil pós-fim da Ditadura Militar. A disputa foi acirrada, com a vitória de Lula com menos de 51% dos votos, dividindo a população nas ruas.

Alguns apoiadores do atual presidente, em suas ações de protesto, não apenas desrespeitam a democracia, como invalidam o mecanismo de eleição e chegam a pedir, através de placas e gritos, uma intervenção federal por meio do artigo 142 da Constituição.

Mas, afinal, o que diz no artigo?

O que diz no artigo

De acordo com o portal UOL, o artigo 142 da Constituição Federal, instaurada no Brasil desde 1988 por intermédio de esforços do Legislativo, trata diretamente dos poderes das Forças Armadas em território nacional e estabelece que os militares podem intervir na garantia da lei e da ordem.

Contudo, isso deve ocorrer APENAS quando houver iniciativa de algum dos três Poderes sob manifestação de sua maioria. Essa tratativa é alcunhada como 'intervenção federal' na carta magna brasileira, visto que o termo literal 'intervenção militar' não existe no livro.

Em dois casos, sua legalidade é baseada na situação que um Poder do país enfrenta; em Estado de Defesa, no caso do Brasil estar em risco ou em guerra; e Estado de Sítio, relacionado ao descontrole total das instituições, ordem pública e paz social.

Este último fator protagoniza discussões sobre quando deve ser validado o que é desordem e com base em quais valores morais, visto que o consenso em relação a essa decisão é subjetivo. Entretanto, se engana quem acredita que somente no regime ditatorial, que vigorou entre 1964 e 1985 no Brasil, que houve intervenção.

O caso mais recente ocorreu em 2018, entre os meses de fevereiro e dezembro, quando o chefe do Poder Executivo do Rio de Janeiro na época, o governador Luiz Fernando Pezão, solicitou uma intervenção federal para auxiliar na segurança pública. Dessa forma, as forças armadas disponibilizaram agentes para atuar em operações no Estado.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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