O que se sabe sobre o acidente envolvendo avião e helicóptero em Washington

Na noite desta quarta-feira, 29, um avião comercial colidiu com um helicóptero militar e caiu no rio Potomac, em Washington, enquanto se preparava para pousar no Aeroporto Nacional Ronald Reagan.

A aeronave, um Bombardier CRJ700 operado pela PSA Airlines para a American Airlines, transportava 64 pessoas, sendo 60 passageiros e quatro tripulantes. Já o helicóptero, um Sikorsky UH-60 Black Hawk do Exército dos EUA, levava três militares e estava a caminho de um treinamento em Fort Belvoir, na Virgínia.

De acordo com informações do The New York Times, fontes ouvidas pela imprensa americana relataram que cerca de 30 corpos foram retirados do rio durante a madrugada. Até o momento, não há informações sobre sobreviventes. Equipes de resgate seguem as buscas na área do acidente.

A batida foi registrada em vídeo e compartilhada nas redes sociais. As imagens mostram o instante em que uma bola de fogo se forma no céu antes de a aeronave cair na água. Além disso, um áudio obtido pela CNN revelou que, momentos antes da colisão, um controlador de tráfego aéreo se comunicou com o piloto do helicóptero. Na gravação, o militar confirma que visualizou o avião.

Local do acidente

O acidente ocorreu em uma das áreas de tráfego aéreo mais desafiadoras dos Estados Unidos. O espaço sobre o rio Potomac é intensamente movimentado por aviões comerciais e helicópteros militares, exigindo um alto nível de coordenação. O Aeroporto Reagan, que foi projetado para receber 15 milhões de passageiros por ano, atualmente opera acima de sua capacidade, atendendo mais de 25 milhões de viajantes anualmente.

Além do Reagan e das bases militares próximas, a região de Washington possui outros dois grandes aeroportos, 11 terminais regionais e 55 heliportos. Helicópteros do Exército e da Guarda Costeira costumam voar em baixas altitudes ao longo do Potomac, compartilhando rotas com aviões comerciais em pouso e decolagem.

Investigações

Especialistas tentam entender por que os sistemas de segurança falharam. Uma das questões investigadas é se o Sistema de Alerta de Tráfego e Prevenção de Colisões (TCAS) da aeronave comercial funcionou corretamente e se os pilotos receberam alertas automáticos sobre o risco de colisão. Sabe-se que o equipamento reduz a frequência de avisos conforme o avião se aproxima do pouso, para evitar distrações, o que pode ter sido um fator no acidente.