Ondas de calor marinhas ameaçam vida marinha e economia britânica
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A Grã-Bretanha está à beira de uma crise ambiental. Um novo relatório do Centro Nacional de Oceanografia (NOC) revela que o país está cada vez mais vulnerável a ondas de calor marinhas, eventos extremos que podem ter consequências catastróficas para a vida marinha, a pesca e as comunidades costeiras.
O aumento das temperaturas globais está intensificando e tornando mais frequentes essas ondas de calor, que causam um aumento drástico na temperatura da água do mar em um curto período de tempo. No verão de 2023, o Reino Unido experimentou uma dessas ondas, com temperaturas recordes no Mar do Norte e no Atlântico Norte.
As consequências dessas ondas de calor são devastadoras. Elas podem causar o branqueamento de corais, a proliferação de algas nocivas, a morte em massa de peixes e a destruição de habitats marinhos essenciais, como as pradarias de ervas marinhas. Além disso, essas ondas podem levar à redução da captura de peixes, impactando negativamente a economia das comunidades costeiras.
"Ondas de calor marinhas têm impactos catastróficos e precisamos estar preparados para elas. Precisamos saber como essas ondas de calor marinhas afetarão as plantas e os animais que vivem no mar e encontrar maneiras de protegê-los", disse Dra. Zoe Jacobs no relatório.
O relatório
O relatório do NOC destaca três regiões do Reino Unido que são particularmente vulneráveis a esses eventos: o Mar da Irlanda, o Mar do Norte e a costa sudeste da Inglaterra:
"Essas regiões são áreas onde ondas de calor marinhas podem coincidir com concentrações extremamente baixas de oxigênio na água, o que as torna especialmente vulneráveis. É como um golpe duplo. Elas sofrem estresse extremo por calor e níveis extremamente baixos de oxigênio ao mesmo tempo", seguiu a pesquisadora no relatório.
A Dra. Zoe Jacobs, autora principal do relatório, alerta para a necessidade urgente de mais pesquisas para entender os impactos das ondas de calor marinhas nos ecossistemas marinhos britânicos. "Precisamos saber como essas ondas de calor marinhas afetarão as plantas e os animais que vivem no mar e encontrar maneiras de protegê-los", afirma a pesquisadora no relatório.
Segundo o 'The Guardian', o relatório sugere que o Reino Unido deve implementar medidas de adaptação para enfrentar os desafios impostos pelas ondas de calor marinhas, como o monitoramento constante das temperaturas do mar, a criação de áreas marinhas protegidas e o desenvolvimento de estratégias para restaurar habitats marinhos degradados.