Peixe que usa nadadeiras como “mãos” para andar é registrado por fotógrafo
Aventuras Na História
Na Tasmânia, o rio Derwent abriga um tipo incomum de peixe que pode ser visto nas águas escuras e lamacentas. O que pode chamar atenção ao observador desavisado é que o animal estará andando, e não nadando. A espécie do peixe-mão manchado se move nas profundezas do rio usando nadadeiras peitorais que parecem mãos.
Para encontrar a estranha criatura, o fotógrafo francês Nicolas Remy decidiu viajar de sua base em Sydney até o estado mais frio da Austrália, a ilha de Tasmânia. Ele estava decidido a ver o peixe, então encarou a temperatura de 11 graus da água para tentar identificar o peixe, que é difícil de se ver e fotografar.
A coloração creme do animal e as manchas marrom-escuras ou alaranjadas que o acompanham podem se misturar facilmente com o fundo arenoso do rio, por onde ele se move, fazem com que seja muito difícil de fotografar o animal. A missão fica ainda mais complicada porque a espécie está criticamente ameaçada de extinção, com menos de 3 mil indivíduos na natureza.
Foto e resgate
Remy passou nove horas, divididas em três dias, no rio para aprimorar sua técnica e não assustar o peixe com o flash da câmera fotográfica. A fotografia resultante conquistou o primeiro lugar no prêmio de fotos em água fria do concurso Underwater Photography Guide’s Ocean Art 2022.
A foto pretende conscientizar e levar as pessoas a conhecer e simpatizar com o peixe-mão machado, criticamente ameaçado de extinção. Esforços para resgatar ele, o peixe-mão vermelho e o peixe-mão de ziebell estão em andamanento. O plano da Equipe Nacional de Recuperação de Peixes-Mão é reviver as três espécies, que moram nas águas do sudeste da Austrália.
Aproximadamente 100 adultos do peixe-mão vermelho continuam vivos. No caso do peixe-mão de ziebell, ele não é visto desde 2007. A fotografia pode ser uma ferramenta de conscientização para a situação trágica da biodiversidade mundial. As informações sobre o peixe-mão machado são da CNN.