Home
Notícias
Perseguiu a rainha Elizabeth II: O que é a síndrome da rainha Vitória?
Notícias

Perseguiu a rainha Elizabeth II: O que é a síndrome da rainha Vitória?

publisherLogo
Aventuras Na História
14/11/2022 22h49
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
https://timnews.com.br/system/images/photos/15295466/original/open-uri20221114-18-70wlh0?1668466298
©Domínio Público e Reprodução/Vìdeo
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE

Na quinta temporada de ‘The Crown’, que foi lançada na última semana, a personagem da rainha Elizabeth II (vivida pela atriz Imelda Stauton) é descrita como “irrelevante, cara, velha e fora de alcance”. Isso acontece no começo da nova temporada da série e exibe um tenso momento da realeza.

A monarca foi descrita dessa forma após os resultados de uma pesquisa feita pelo jornal The Sunday Times que foi publicada em 21 de janeiro de 1990. Nela, mostrava que 47% do público achava que a rainha devia abdicar “em algum momento”.

A população costumava dizer que Elizabeth II passava pela “Síndrome da Rainha Vitória”, e se enganaram ao acreditar que a monarca acharia uma ofensa ser comparada à sua tataravó. Mas a que o termo se refere?

Síndrome da Rainha Vitória

A rainha Vitória foi a mulher que mais ficou no trono antes de Elizabeth, - que ficou no poder durante 70 anos e 214 dias -, resultando em 63 anos e 7 meses. Ela reinou de 1837 até 1901.

Ainda que muitos consigam confundir o termo com a doença de coagulação do sangue, hemofilia que foi passada da então monarca para outros membros nobres da realeza, o termo não se trata de tal problema de saúde.

Rainha Vitória, a "avó da Europa" - Crédito: Domínio Público / Wikimedia Commons

A expressão se refere ao tempo em que Vitória ficou no poder. Apesar da rainha e seu marido, o príncipe Albert, terem tido 10 filhos, ela não saiu do trono até sua morte, resultando nos 63 anos de reinado, sendo então considerada a “avó da Europa”.

Sarah Gristwood, historiadora, explicou em um artigo publicado no Huffington Post, que o termo surgiu no final da década de 1980: “No final da década de 1980, os cortesãos começaram a falar sobre QVS ou Síndrome da Rainha Vitória, pela qual uma nação poderia se cansar de um monarca envelhecido e uma família real parasita”.

Conexão com Elizabeth II

A população que queria a saída de Elizabeth defendia o ponto de que, pela idade, seu sucessor seria a melhor opção para ficar no trono. Na época, a popularidade do então príncipe Charles estava alta, muito disso devido ao seu relacionamento com a princesa Diana, que muito agradava a população.

Durante sua transmissão de natal, em 1991, a monarca comentou diretamente os pedidos de abdicação do cargo. Para a Commonwealth, ela disse: "No fevereiro próximo será o quadragésimo aniversário da morte de meu pai e de minha ascensão. Ao longo dos anos, tentei seguir o exemplo de meu pai e servi-lo da melhor maneira possível".

Sinto a mesma obrigação para com você que senti em 1952. Com suas orações e sua ajuda, e com o amor e apoio de minha família, tentarei servi-lo nos próximos anos.", continuou ela.
Imelda Stauton como rainha Elizabeth II em 'The Crown' - Crédito: Divulgação / Netflix

Popularidade

Em ‘The Crown’, a trama sugere que a monarquia caiu em desgraça com o público, principalmente pelo dinheiro público, além dos diversos escândalos em que a família real esteve envolvida.

Contudo, no geral, as conclusões da pesquisa foram, em maioria, pró-monarquia. Nove em cada dez pessoas enxergavam tanto Elizabeth quanto Charles "principalmente favoravelmente " ou "muito favorável". Em 1992, a monarca se ofereceu para pagar o imposto de renda e assumir as responsabilidades pelas despesas de trabalho de sua família, a fim de “limpar” a popularidade.

A rainha Elizabeth II permaneceu como chefe de Estado por 70 anos, até sua morte, em 8 de setembro desse ano. Agora, quem assume o posto é seu filho mais velho, o atual rei Charles III, que completou 74 anos nesta segunda-feira, 14.

À esquerda, a rainha Elizabeth II e, à direita, o atual rei Charles III - Crédito: Getty Images
Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE
Confira também