Pesquisadores revelam novas espécies de leguminosas nas Américas
Aventuras Na História
Nesta quinta-feira, 26, uma equipe formada por pesquisadores brasileiros e estrangeiros divulgaram um comunicado na Agência Brasil informando a respeito da descoberta de dez novas espécies de leguminosas. Conforme informado pelos pesquisadores, as plantas foram encontradas nas regiões da América Central até a Região Sul do Brasil.
Após análises, a equipe concluiu que grande parte das leguminosas estão ameaçadas de extinção. Gibau de Lima, doutorando da Escola Nacional de Botânica Tropical do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e um dos autores do estudo, ainda explicou que a conclusão foi baseada nos critérios da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN):
Muitas dessas espécies ocorrem em áreas fora de unidades de conservação, em áreas que são pequenos fragmentos em torno de grandes plantios ou em áreas que foram urbanizadas, por isso estão ameaçadas de extinção".
Descobertas
Entre as novas espécies encontradas, estão o barbatimão-do-rio-doce (Stryphnodendron flavotomentosum), árvore que pode chegar a 20 metros de altura, encontrada em áreas do Espírito Santo, e o Stryphnodendron velutinum, de até 5 metros de altura e achada no noroeste de Minas Gerais.
Os gêneros descobertos foram publicados pelos biólogos na revista PhytoKeys, na edição especial do Advances in Legume Systematics, a fim de promoverem o conhecimento taxonômico das plantas e expandirem as informações para outras comunidades científicas.
Importância
Lima também explicou sobre o processo de análises e, posteriormente, descreveu a importância científica das novas leguminosas, que pode contribuir tanto para o trabalho de conscientização, quanto para o desenvolvimento da ciência.
Nós estudamos o DNA dessas plantas para tentar entender as relações de parentesco entre elas e um pouco da história evolutiva de tais espécies na região neotropical. A gente fornece esses dados ao público para a tomada de decisões para conservação. Outras espécies do mesmo gênero do barbatimão, por exemplo, são pouco conhecidas, mas também podem apresentar potencial biotecnológico, seja medicinal, para indústria da madeira e qualquer outra coisa".