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Por crimes contra a humanidade, acusação pede prisão perpétua para ex-rebelde da Libéria
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Por crimes contra a humanidade, acusação pede prisão perpétua para ex-rebelde da Libéria

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Aventuras Na História
31/10/2022 22h49
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©Foto de josealbafotos, via Pixabay
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Nesta segunda-feira, 31, a acusação do primeiro julgamento na França por crimes contra a humanidade durante a guerra civil na Libéria na década de 1990 pediu prisão perpétua para Kunti Kamara, o ex-comandante rebelde.

Auréllie Belliot, procuradora, pediu ao Tribunal Penal de Paris a condenação por toda vida ao acusado, que é a pena máxima possível no direito francês. "Os crimes, pelos quais é responsabilizado, são os mais graves existentes. Destruíram vidas, e sua gravidade atenta contra toda humanidade”, disse ela.

O ex-comandante do Movimento de Libertação Unido pela Democracia na Libéria (Ulimo, sigla em inglês), tem 47 anos e está sendo julgado por abusos cometidos no noroeste da Libéria durante os anos de 1989 e 1997, na primeira guerra civil.

Dentre as acusações estão a "prática maciça e sistemática de atos desumanos", cometidos contra civis e "por motivos políticos e étnicos". Tal como a participação na morte de dois civis, deslocamentos forçados da população, assassinato com canibalismo e estupro de adolescentes, de acordo com a AFP, via Uol.

“CO Kundi”

Kamara ficou conhecido por suas vítimas como “CO Kundi” e foi detido em 2018 perto de Paris, sendo processado sob a “jurisdição universal” da França. Tal fato permite que sejam julgados crimes contra a humanidade, independentemente do local em que foram cometidos, contanto que o suspeito tenha sido detido em seu território.

A procuradora Claire Thouault afirmou que o sentido deste julgamento é "a luta contra a impunidade pelos crimes mais graves já cometidos”, lembrando que a Libéria nunca julgou os crimes cometidos durante as duas guerras civis que causaram a morte de 250 mil pessoas, o equivalente a 10% da população do país na época. A sentença provavelmente será proferida na próxima quarta-feira.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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