Premiê italiana de extrema-direita critica lei racial de Mussolini: 'Uma vergonha'
Aventuras Na História
Nesta terça-feira, 13, Giorgia Meloni, primeira-ministra italiana, afirmou que as leis raciais implementadas durante o regime fascista de Benito Mussolini marcaram o “ponto mais baixo” da história do país e que eram “uma vergonha” que “contou com o silêncio de muitos”.
As leis raciais de 1938 representam o ponto mais baixo da história italiana, uma vergonha que marcou a nossa história para sempre, como disse várias vezes e reafirmo. É uma mancha indelével, uma infâmia que contou com o silêncio de muitos", afirmou.
Conforme aponta matéria da agência ANSA, as tais medidas relembradas por Meloni, popularmente conhecidas como leis raciais, foram instauradas em 17 de novembro de 1938 e tinham como principal alvo os judeus que viviam no país.
Além de proibir que alunos e professores judeus fossem à escola, os seguidores da religião também não poderiam ocupar cargos públicos e até mesmo se casar com pessoas “da raça ariana”.
Eles também eram proibidos de cuidarem de crianças que não fossem judias ou ter funcionários arianos. Isso sem contar que os judeus mais ricos tiveram grande parte de seus bens tomados.
Para Meloni, seu governo sempre estará “pronto, concentrado e atento para combater todo tipo de discriminação e antissemitismo". A premiê também afirmou que a "luta contra isso não é algo para ser olhado no passado, mas sim para hoje".
Meloni e Benito
Importante ressaltar que Giorgia Meloni é a primeira representante da extrema-direita na Itália desde Benito Mussolini. Seu partido, o Irmãos da Itália (FdI), aliás, usa em seu distintivo a chama tricolor, que é um símbolo do Movimento Social Italiana (MSI), fundado por egressos de Mussolini, recorda a ANSA.
Além do mais, apesar das críticas recentes, a premiê já fez discursos elogiando Il Duce. Ela também, recentemente, conforme recorda a equipe do site do Aventuras, nomeou um subsecretário que já posou com uma braçadeira nazista.