'Que País É Este': Entenda por que o filho de Renato Russo pediu a remoção de vídeos no TikTok
Aventuras Na História
Lançada em 1987, 'Que País É Este', do grupo Legião Urbana, ainda é capaz de fascinar diferentes gerações. Até hoje, é comum encontrar vídeos que reproduzem a canção que marcou o país. Nesta quinta-feira, 11, a colunista Monica Bergamo, na Folha de S. Paulo, repercutiu que Giuliano Manfredini, filho de Renato Russo, pediu a remoção de vídeos publicados no TikTok.
Manfredini, que é produtor cultural, enviou uma notificação extrajudicial à ByteDance, a proprietária do TikTok, solicitando a remoção de vídeos que apresentam a música como trilha sonora e foram publicados por bolsonaristas.
Como mostra o documento acessado pela colunista, Giuliano alega que as publicações apresentam "caráter político e ideológico alheios" ao que Renato Russo demonstrou em vida e que foram "ativamente combatidos" pelo artista.
A notificação cita publicações que apresentam: "comunista Flávio Dino é aprovado em sabatina e irá para o STF", "o Brasil não tem mais conserto" e também "milhões de votos silenciados". A última se refere a votação que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível. Sete perfis são citados por compartilharem as publicações. Assim, ele pede dados de cadastro e registros de IPs dessas pessoas.
Disputa política
Giuliano Manfredini alega que não deseja que a música seja utilizada "em prol de posicionamentos de direita, especialmente aqueles que enaltecem o governo Bolsonaro".
Ao mesmo tempo, a notificação enfatiza que ele, defensor do patrimônio de Renato Russo, não quer limitar o uso da música, entretanto, não deseja que seja vinculada a disputa política.
Não é do interesse do Giuliano, na condição de defensor do patrimônio do pai, que essa música seja vinculada a um ou outro lado da disputa política. Ele não quer limitar o uso da canção, mas também não quer que ela vire um hino do bolsonarismo, com o qual ele não compactua", destaca Henrique Ventureli, advogado que representa o filho de Renato Russo.
Assim, Ventureli explica que: "A gente espera que o TikTok atenda ao nosso pedido. Se não surtir nenhum efeito, obviamente vamos optar pela via judicial".