Quem foram os filhos de Cleópatra, a última faraó do Egito
Aventuras Na História
A rainha Cleópatra, do Egito, dominou a internet nos últimos dias por uma polêmica envolvendo uma nova série documental da Netflix sobre a faraó, que escalou uma atriz negra para interpretá-la. O Conselho Supremo de Antiguidades do Egito resolveu se reunir para argumentar que a monarca tinha "pele clara e feições helenísticas (gregas)".
O portal Aventuras na História já tem uma matéria, escrita pelo professor de História Vítor Soares, que trata da cor de pele da rainha egípcia, e você pode lê-la aqui. Não importa o assunto ou a época, Cleópatra VII Filopátor continua fascinando os curiosos e estudiosos mesmo depois de mais de 2.000 anos de sua morte.
A última governante ativa da dinastia Ptolemaica do Egito teve quatro filhos, que ficaram sem a mãe depois que ela cometeu suicídio para não ser capturada pelas tropas do futuro imperador romano Augusto. Conheça mais sobre a história dos herdeiros de Cleópatra.
Ptolemeu XV Cesarião
Ptolomeu XV Philopator Philometor César, mais conhecido pelo nome mais curto de Cesarião, foi um co-governante do Egito ao lado de sua mãe entre os anos 44 e 30 a.C., até a dinastia ser abolida. Seu pai foi Júlio César, o ditador romano, que nunca o reconheceu oficialmente.
Nascido em 47 a.C., Cesarião passou os primeiros dois anos de vida em Roma, junto de sua mãe, como convidados de Júlio César. Quando o general romano morreu, no ano 44, eles tiveram que voltar à sua nação, onde Cleópatra proclamou seu filho como co-regente do Egito, mesmo que ele só tivesse 3 anos. Após a morte da mãe, ele foi entregue a Otávio. Acabou executado pelas forças romanas, como repercutido pelo History Today.
Alexandre Hélio
Segundo filho mais velho de Cleópatra, Alexandre Hélio era o irmão gêmeo da única garota entre os herdeiros da última faraó do Egito, Cleópatra Selene II. Seu pai foi o general romano Marco Antônio. Aos 6 anos, o jovem foi proclamado rei sobre a Armênia, a Média e a Pártia, mesmo que isso fosse mais um título do que uma posição.
Segundo a Enciclopédia de História Mundial, Alexandre e seus outros irmãos foram levados para Roma depois da vitória de Otávio contra seus pais, Cleópatra e Marco Antônio, que se suicidaram.
Enquanto estavam em Roma, os filhos sobreviventes de Cleópatra foram deixados sobre os cuidados de Otávia, irmã de Otávio e ex-esposa de Marco Antônio, o pai das crianças. Não se sabe o que aconteceu com ele ao fim da vida.
Cleópatra Selene II
A única filha da rainha, Cleópatra Selene II seguiu os passos da mãe e se tornou uma grande rainha depois de se casar com o rei Juba II, da Numídia. Os dois descendentes reais não puderam governar suas próprias nações, mas foram enviados por Roma para o "reino cliente" da Mauritânia.
Selene era a única monarca legítima do Egito, já que seu pai, Marco Antônio, a havia declarado rainha de Creta e Cirenaica. Seus irmãos foram integrados à futura família imperial de Roma, mas Cleópatra Selene foi colocada em um casamento arranjado com Juba II para resolver sua situação real.
Ela atuou no governo conjunto com seu marido, algo que pode ser vista nas moedas da época, que eram cunhadas com as faces dos dois monarcas. Cleópatra Selene II terminou sua vida reinando em triunfo, homenageando o Egito em seu novo reino até que ela morreu, em uma data aproximada pelos historiadores entre o ano 5 a.C. e o ano 3 d.C.
Ptolemeu Filadelfo
O mais novo dos filhos de Cleópatra com Marco Antônio, Ptolemeu Filadelfo foi nomeado governante da Síria, Fenícia e Cilícia quando era só uma criança, mas tudo isso acabou quando ele foi, junto de seus irmãos, enviado para Roma no ano 30 a.C., para viver sob os cuidados de Otávia. Infelizmente, não existem mais informações sobre o destino Ptolemeu Filadelfo.