Quem são os brasileiros que podem se tornar próximo papa?

Aventuras Na História






O argentino Jorge Mario Bergoglio, mais conhecido pelo mundo todo como papa Francisco, faleceu nesta segunda-feira, 21, aos 88 anos. O primeiro latino-americano a se tornar papa, ele teve seu período como líder da Igreja Católica fortemente marcado por reformas internas e defesa de pautas inéditas no Vaticano, como a defesa da população LGBTQIAP+ e da participação das mulheres na Igreja, por exemplo.
Agora, com sua morte, a Igreja Católica passa por uma série de cerimônias e ritos cruciais, que incluem seu sepultamento e o processo do conclave, que escolhe um novo papa. Essa eleição deve começar em até 20 dias, e, segundo as regras, somente membros do Colégio dos Cardeais com menos de 80 anos podem ser eleitos.
Ao todo, conforme repercute o g1, 138 cardeais estão aptos a participar da votação, dos quais sete são brasileiros. No Colégio dos Cardeais, há oito brasileiros como membros, mas um deles, o arcebispo emérito de Aparecida, Raymundo Damasceno, tem 87 anos, o que o torna inelegível.
Confira a seguir quem são os sete brasileiros que podem participar do conclave e, talvez, até mesmo tornar-se papa nas próximas semanas:
Cardeais brasileiros
Arcebispo de Salvador, o cardeal Sérgio da Rocha, de 65 anos, é também o Primaz do Brasil, título dado ao religioso que conduz a arquidiocese mais antiga do país. Ele nasceu em Dobrada, São Paulo, e foi criado cardeal pelo papa Francisco em novembro de 2016, inclusive sendo presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) entre 2015 e 2019.
Além dele, o atual presidente da CNBB, Jaime Spengler, também é um dos cardeais brasileiros elegíveis para o papago. Arcebispo de Porto Alegre desde 2013, ele tem 64 anos e iniciou sua vida religiosa ainda na década de 1980, quando ingressou na Ordem dos Frades Menores. Ele foi nomeado bispo auxiliar em 2010 pelo papa Bento XVI.
Atual arcebispo de São Paulo, Odilo Scherer tem 75 anos. Ele foi ordenado padre em 1976, e passou mais de 30 anos atuando no oeste do Paraná. Em 2002, foi nomeado bispo auxiliar de São Paulo, e no ano seguinte tornou-se secretário-geral da CNBB. Inclusive, ele participou do conclave de 2013, que elegeu Francisco, e foi considerado um dos favoritos na época.
Orani Tempesta é outro membro do Colégio de Cardeais, sendo atual arcebispo do Rio de Janeiro. Com 74 anos, ele foi ordenado padre em dezembro de 1974 e criado cardeal por Francisco em 2014. Ele também foi uma das lideranças responsáveis pela organização da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, na primeira vez que Francisco esteve no Brasil.
Atual arcebispo de Brasília, Paulo Cezar Costa tem 57 anos, e foi ordenado sacerdote em 1992. Ele foi nomeado bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro em novembro de 2010, e ajudou a organizar a Jornada Mundial da Juventude de 2013. Ele foi transferido para a Arquidiocese de Brasília em 2020 e, em 2022, foi criado cardeal pelo papa Francisco.
O mais velho dos brasileiros elegíveis ao papado no Colégio de Cardeais, João Braz de Aviz tem 77 anos, e em 2004 foi nomeado arcebispo de Brasília. Em 2011, foi nomeado prefeito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica pelo Papa Bento XVI, e também participou do conclave de 2013, que acabou elegendo Francisco.
Por fim, o último brasileiro a participar do conclave é o arcebispo de Manaus, Leonardo Ulrich Steiner. Atualmente com 74 anos, ele é considerado pelo Vaticano como o primeiro cardeal da Amazônia. Ele foi nomeado bispo pelo papa João Paulo II em fevereiro de 2005, e em 2011 foi eleito secretário-geral da CNBB e também bispo auxiliar da Arquidiocese de Brasília por Bento XVI. Em 2019 tornou-se arcebispo de Manaus, e em 2022 foi criado cardeal por Francisco.


