Quilombo em Angra dos Reis, que tem navio escravagista naufragado, abrirá para turismo
Aventuras Na História
O Quilombo Santa Rita do Bracuí, em Angra dos Reis, município do Rio de Janeiro, será revertido em ponto turístico-cultural. Conforme repercutido pelo portal O Globo, o sítio arqueológico, que data do século 19, está sendo analisado para uma possível utilização sustentável.
Além das visitas guiadas pelo espaço, o corredor turístico-cultural irá oferecer um mergulho aos escombros de um navio escravagista, chamado Camargo, que naufragou em 1852, na Baía da Ribeira. Comandado por um estadunidense denominado Nathanael Gordon, a embarcação transportava da África até o Brasil, aproximadamente 500 pessoas que seriam escravizadas.
Porém, a expedição fracassou quando o comandante colocou fogo na própria nau para escapar da Marinha, que impedia o tráfico de escravos, em consequência da Lei Eusébio de Queiroz, promulgada em 1850. Os que sobreviveram nadaram até a área que hoje se encontra o quilombo, e o habitaram.
Renovações
Atualmente, os descendentes daqueles que remanesceram habitam o quilombo e, com a ajuda de cientistas Universidade Federal Fluminense, do Sergipe e do Instituto Smithsonian, dos Estados Unidos, estruturam o projeto AfrOrigens, que visa expor essa história.
O Camargo se encontra na costa brasileira, em um local 315 vezes mais próximo da superfície do que o Titanic, o que possibilita o acesso a mergulhadores. Além disso, a prefeitura de Angra dos Reis prometeu colocar placas sinalizadoras, reconstruir seu memorial e erguer uma escola na região.