Relatos sobre o Brasil e bomba atômica: 5 curiosidades sobre Albert Einstein
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Albert Einstein é uma figura que dispensa apresentações, até porque é difícil qualificá-lo: físico teórico alemão, um dos maiores gênios que a humanidade já teve, uma das mentes por trás da bomba atômica, vencedor do Nobel de Física... Não há quem não conheça o nome. No entanto, um diferencial dele para outros grandes nomes, tanto das ciências quanto das artes, é que ele conquistou seu renome ainda vivo, e por isso até mesmo teve uma vida consideravelmente agitada e curiosa.
Nascido em 14 de março de 1879 na cidade de Ulm, na Alemanha, Einstein não só influenciou muitas pessoas ao redor do mundo, como também foi influenciado por outras. E toda essa fama fez dele uma espécie de celebridade, de forma que alguns fanáticos já chegaram inclusive a fazer coisas que pareciam loucuras quando o físico estava em jogo.
Tendo isso em vista, confira a seguir cinco curiosidades sobre Albert Einstein, um dos pilares da física moderna e cabeça por trás da Teoria da Relatividade:
1. Acalento na música?
Embora Albert Einstein seja conhecido principalmente por todos os seus incontáveis feitos na ciência, uma informação sobre o físico mais conhecida somente por aqueles de seu convívio era que ele tinha, também, uma grande paixão pela música — em especial pelo violino.
Durante a infância, o pequeno Einstein não gostava das aulas de violino, incentivadas pela mãe, Pauline, que era pianista. Porém, quando o jovem tinha 13 anos, se deparou com as obras de um grandioso artista, que fez aflorar-lhe paixão pela música: o austríaco Wolfgang Amadeus Mozart.
O contato foi tão importante, que é mencionado no livro 'The Private Albert Einstein' ('A Vida Privada de Albert Einstein', em tradução livre), escrito por Peter Bucky, amigo pessoal do cientista, que o gênio tinha o costume de pensar em problemas ainda sem solução tocando violino, muitas vezes de madrugada. "De repente, ele dizia: 'Entendi!”. Como se, por inspiração, a resposta para o problema tivesse chegado a ele no meio da música", narrou Hans Albert, primeiro filho de Einstein, ao escritor.
2. Apreço pelo Brasil
Como já mencionado, Einstein conquistou o Prêmio Nobel de Física em 1921. E foi em uma época próxima — quatro anos depois, para ser exato — que o cientista visitou o Brasil, em uma viagem que fez pela América do Sul, tendo passado também pela Argentina e o Uruguai.
Einsteinficou maravilhado com o que encontrou nas terras tupiniquins: "Deliciosa mistura étnica nas ruas. Portugueses, indígenas e negros em cada canto de rua. Espontâneos como plantas, subjugados pelo calor", escreveu em seu diário. E as belezas naturais também encantaram-no, tendo descrito que o Jardim Botânico carioca como um espaço que "superaria o sonho das mil e uma noites".
E claro que uma visita com fins científicos não ficaria de fora. Outro momento em que demonstra carinho pelo Brasil em seu diário é quando ele menciona o eclipse solar que assistiu em Sobral, no Ceará, em 1919. "O problema que minha mente formulou foi respondido pelo luminoso céu do Brasil", escreveu.
3. Bomba atômica
Provavelmente um dos maiores impactos que a pesquisa de Einstein gerou para a humanidade, foi a formulação da bomba atômica. No entanto, reconhecendo os riscos que a arma representava para todo o planeta, esse feito não era um motivo de . .comemoração para o físico.
Em 1939, Einstein enviou uma carta ao presidente americano Franklin D. Roosevelt, onde alertava sobre a possibilidade de a Alemanha — nessa época, já vivendo seu terceiro Reich, o regime nazista — desenvolver bombas atômicas a partir da fissão de urânio. Porém, o alerta desencadeou o pior: os Estados Unidos desenvolveram o Projeto Manhattan, que acabou por produzir as bombas que seriam lançadas em 1945 sobre Hiroshima e Nagasaki.
Segundo Linus Pauling, químico americano e amigo de Einstein, o físico se arrependeu de ter enviado a carta à Roosevelt, anos depois. Segundo ele, se soubesse que os alemães não teriam conseguido desenvolver o armamento com sucesso, não teria feito nada.
4. Quase presidente?
Já sabemos que Einstein se aventurou (e muito) pela ciência, e também pela música. E ele quase se envolveu ainda em outra esfera, ainda mais inusitada: a política. Em 1952, depois que o primeiro presidente de Israel, Chaim Weizmann, veio a falecer, o cargo foi curiosamente oferecido ao físico alemão, pelo então primeiro-ministro, Ben-Gurion, sob a chancela do embaixador em Washington, Abba Eban.
No entanto, dessa vez Einstein recusou a oportunidade. Na ocasião, ele agradeceu a oferta e disse ter ficado profundamente tocado, mas fez a recusa por não se considerar suficientemente qualificado na área de relações humanas para tal, e não aceitaria funções nas quais não correspondesse às expectativas.
Ainda acrescentou à resposta que seu "desejo ardente era a contemplação ininterrupta" de todo o mundo, natural e físico, e não envolvido em questões políticas.
5. A saga do cérebro
O patologista Thomas Harvey, que cuidou de Einstein depois de sua morte, fazendo sua autópsia, não só identificou o que o matou — um aneurisma da aorta abdominal —, como foi além: Sem permissão, abriu o crânio do físico e removeu o seu cérebro; e tranquilamente o levou para casa, onde o manteve conservado em um pote de vidro por 40 anos.
Quando a ação foi descoberta pelo filho de Einstein, a princípio ele se enfureceu, mas foi eventualmente convencido a autorizar estudos com o órgão do pai. No entanto, embora muita pesquisa tenha sido feita, nada grandioso foi descoberto, e, em 1997, o cérebro foi devolvido à neta do físico, Evelyn.