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Reprodução em gravidade zero: O experimento que enviou lagartixas ao espaço
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Reprodução em gravidade zero: O experimento que enviou lagartixas ao espaço

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Aventuras Na História
02/07/2023 12h00
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https://timnews.com.br/system/images/photos/15634444/original/open-uri20230702-19-ycvfet?1688299462
©Divulgação/ Freepik/ wirestock e Divulgação/ NASA
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Em 19 de julho de 2014, a Roscosmos (Agência Espacial Federal da Rússia) enviou um satélite com cinco lagartixas para o espaço sideral a fim de desobrir se a reprodução dos animais era impactada pelo ambiente de microgravidade

O grupo de répteis selecionados para participar da jornada espacial — sendo quatro fêmeas e um macho — eram acompanhadas por câmeras para que sua atividade sexual fosse registrada. 

O curioso experimento pretendia revelar informações sobre fertilidade e acasalamento que podem ser úteis em um futuro hipotético em que a humanidade precise passar grandes quantidades de tempo em espaçonaves. 

Segundo divulgado pela agência russa, seus objetivos oficiais com a chamada missão "Gecko-F4" eram "criar as condições para atividade sexual, cópula e reprodução de lagartixas em órbita", "filmar os atos sexuais das lagartixas e a possível postura de ovos" e, por último, "detectar possíveis alterações estruturais e metabólicas nos animais, bem como em seus possíveis ovos e fetos". 

A iniciativa da Roscosmos, porém, não correu exatamente como planejado, com todas as cinco lagartixas tendo sido prejudicadas no processo. 

A missão 

A cápsula russa onde ocorreu a jornada das lagartixas / Crédito: Divulgação/ Roscosmos

Assim como previsto, o satélite ficou quatro meses na órbita de nosso planeta, a uma altura de 574 quilômetros do solo. O que não estava nos planos dos cientistas, todavia, é que eles encontrariam os répteis mortos após o retorno da espaçonave ao planeta em setembro. 

Além do perecimento dos animais, o projeto passou por dificuldades logo em seu início: isso, pois, apenas cinco dias depois do início da missão, a agência espacial perdeu as comunicações com o satélite. Na época, essa interrupção do contato foi atribuída aos detritos presentes na atmosfera terrestre. 

Uma das grandes preocupações durante esta falha era justamente relativa à sobrevivência das lagartixas. Porém, embora as comunicações com a sonda tenham sido recuperadas, sabemos hoje que elas morreriam de qualquer maneira. 

Ainda segundo o NPR.org, a causa da morte dos animais teria sido uma irregularidade nos sistemas de suporte à vida a bordo com eles. Outro detalhe é que esse defeito teria ocorrido apenas alguns dias antes do pouso

Embora as primeiras lagartixas a copularem no espaço sideral não tenham sobrevivido à sua jornada, vale apontar que algumas de suas parceiras de voo tiveram mais sorte: ainda que os répteis fossem o foco da iniciativa, a Roscosmos enviou também moscas-de-fruta, cogumelos e outros organismos para fora da órbita da Terra a bordo da Gecko-F4. 

Dessas, as moscas foram as que mais prosperaram, não apenas retornando ao planeta com vida mas também tendo se reproduzido com sucesso durante a viagem. 

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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