Rolex revendido e provocação a Michelle: Entenda as polêmicas da família Bolsonaro
Aventuras Na História
Na última sexta-feira, 11, o nomes Jair Bolsonaro, Mauro César Lourena Cid, Mauro Cid e Frederick Wassef foram alguns dos mais comentados nas redes sociais por internautas ao redor do Brasil. Isso acontece, pois, a Polícia Federal realizou mandados de busca e apreensão contra o segundo nome, que é pai do tenente-coronel que trabalhava ao lado do ex-presidente Bolsonaro.
Além dele, a PF também fez operações envolvendo Frederick Wassef, ex-advogado de Bolsonaro e também de Osmar Crivelatti, tenente do exército que também trabalhava com o ex-presidente.
O que motivou a operação da PF é um relógio Rolex, parte do kit de joias recebido por Jair Bolsonaro durante viagem para a Arábia Saudita em 2019. Foi revelado que o objeto de alto valor patrimonial foi vendido nos EUA, e recomprado por um valor ainda mais alto no momento em que o Tribunal de Contas da União solicitou a devolução dos presentes que o ex-presidente recebeu.
De acordo com a investigação da PF, o pai do tenente-coronel Mauro Cid, o general Mauro Lourena Cid, vendeu o relógio valioso e mais um relógio de luxo por US$ 68 mil (aproximadamente R$ 326 mil) nos EUA.
Recompra
O cenário mudou quando o TCU solicitou a devolução dos objetos. Frederick Wassef, que fez a defesa da família Bolsonaro em outras ocasiões, comprou o objeto novamente. Para conseguir o item, ele acabou pagando um valor ainda maior do que o que foi vendido.
Conforme a investigação, o Rolex que agora estampa as manchetes fora vendido para a Precision Watches e recomprado por Wassef em 14 de março deste ano. Ele apenas voltou com o objeto para o país em 29 do mesmo mês. Já em 2 de abril, Mauro Cid e o advogado tiveram um encontro em São Paulo, momento em que devolveu o rolex. Cid retornou no mesmo dia para Brasília e o objeto foi entregue para o então assessor de Bolsonaro, Osmar Crivelatti.
"Identificou-se, em acréscimo, que os valores obtidos dessas vendas eram convertidos em dinheiro em espécie e ingressavam no patrimônio pessoal do ex-Presidente da República, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores", destaca a PF em trecho de relatório.
De acordo com a PF, Mauro Cid deletou parte das mensagens que teve com Wassef no aplicativo WhatsApp, no entanto, uma ferramenta forense revelou o conteúdo para as autoridades.
Conforme repercutido pelo portal de notícias UOL, a Polícia Federal informou que "toda a operação foi realizada de forma escamoteada, fato que permitiu os investigados devolverem os bens sem revelar que todo o material estava fora do país, ao contrário das afirmações prestadas".
A investigação ainda aponta que o episódio escondeu que os objetos foram vendidos fora do país "com o objetivo de enriquecimento ilícito do ex-presidente Jair Bolsonaro, e posteriormente recuperados para serem devolvidos ao Estado brasileiro".
Michelle responde
Ao mesmo tempo, circula um vídeo nas redes sociais no qual Michelle Bolsonaro é questionada por uma mulher a respeito do paradeiro das joias. Na ocasião, ela se encontrava com o maquiador Agustin Fernandez, que ofendeu a mulher.
Em seguida, a ex-primeira-dama vai até a mulher e dá uma resposta que demonstra o tom de irritação com o questionamento. "Você é tão mal-informada que sabe onde estão as joias", disse ela. A mulher que filmou tudo foi alvo de um copo de gelo jogado pelo maquiador.