Sudão: segundo ONG, país pode sofrer epidemia por cadáveres nas ruas e necrotérios cheios
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Na última terça-feira, 8, a ONG Save the Children alertou que o Sudão pode ser alvo de uma epidemia por conta dos cadáveres que se encontram em decomposição nas ruas do país em decorrência da guerra existente entre o Exército liderado pelo general Abdel Fattah al-Burhan e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (FAR), que se iniciou em abril.
O combate, conforme informado pela Acled, ONG especializada em coleta de dados desagregados de conflitos, análise e mapeamento de crises, já deixou mais de 3900 mortos, e quando se trata de pessoas deslocadas ou refugiadas, conforme balanço da ONU, o número já é superior a 4 milhões.
Em um comunicado, a Save the Children informou:
Milhares de cadáveres se decompõem nas ruas de Cartum e arredores, enquanto os necrotérios são sobrecarregados por cortes de energia".
Além disso, segundo repercutiu o jornal O Globo com informações da AFP, o diretor da divisão de saúde da ONG, Bashit Kamal Eldin Hamid, relatou: "A impossibilidade de dar um funeral digno aos que morrem aumenta o sofrimento das famílias em Cartum".
Avisos anteriores
Vale destacar que, anteriormente, outras ONGs já advertiram sobre o risco de epidemias como de malária, dengue, ou cólera, que podem se espalharem devido às águas paradas. Casos de sarampo e cólera já foram detectados em regiões do país, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Além disso, em Sudão, a OMS relatou que 80% dos hospitais não funcionam mais.