Tesouro histórico descoberto em Macapá tem moeda de 1773

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Uma nova escavação nas obras de reforma da antiga Residência do Governo do Amapá, em Macapá, revelou um tesouro histórico: uma moeda de 1773, além de diversos artefatos que lançam luz sobre a vida na região durante o período colonial. A descoberta, que se soma a outros achados anteriores, como uma moeda de 20 réis de 1775, evidencia a importância histórica do local e a riqueza do patrimônio cultural do Amapá.
Entre os objetos encontrados, destacam-se louças europeias importadas de Portugal e Inglaterra, datadas dos séculos 18 e 19, e cachimbos de fabricação inglesa e holandesa, do período de 1751 a 1840. Os artefatos, que incluem faianças, louças de cerâmica e cachimbos, serão encaminhados ao Centro de Estudos e Pesquisas Arqueológicas do Amapá (Cepap) da Unifap para análise e registro.
As descobertas são anteriores à criação da política cambial brasileira, em 1808, e ao término das obras da Fortaleza de São José de Macapá, evidenciando a ocupação da região por povos indígenas e, posteriormente, por colonizadores europeus. Segundo os pesquisadores, os achados representam a maior coleção de cachimbos e louças europeias associadas ao período de escravidão na Amazônia, resultado da escavação de um sítio arqueológico histórico no estado.
"Isso revela que existe um centro histórico invisível em Macapá e talvez não se tenha uma coleção dessa na Amazônia, com esses cachimbos de fabricação holandesa e inglesa que ampliam o patrimônio e o acervo histórico e cultural", explicou Kleber Souza, arqueólogo e coordenador dos estudos, ao G1.
Importância
A pesquisa, que se encontra na reta final da primeira etapa, onde fica a construção da casa, seguirá com escavações em outras áreas do local. A obra de reforma da Residência do Governo do Amapá, que visa à preservação do patrimônio histórico, segue as normas do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Segundo o G1, as descobertas anteriores, que incluem anéis, ossos de animais e cachimbos de origem holandesa, reforçam a importância do sítio arqueológico para a compreensão da história da Amazônia e do período colonial brasileiro.


