Turistas e guias são denunciados por entrar em gruta interditada desde 2002
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Treze pessoas, entre turistas e dois guias locais, foram flagradas na última quinta-feira, 23, acessando a Gruta da Lagoa Azul, em Nobres (MT), um local interditado desde 2002 devido à degradação ambiental. O flagrante ocorreu durante uma fiscalização de rotina realizada pelas autoridades, que denunciaram os envolvidos.
Fiscalização reforçada
A Gruta da Lagoa Azul, conhecida por suas formações rochosas e águas cristalinas, está fechada para visitação desde 2002. A interdição foi uma medida tomada para conter o turismo descontrolado e preservar o ecossistema local.
A Prefeitura de Nobres informou que intensificou a fiscalização na área com agentes monitorando diariamente as regiões mais vulneráveis, já que visitas clandestinas continuam sendo registradas.
O Ministério Público do Mato Grosso também recebe frequentes denúncias de guias que organizam passeios irregulares ao local, expondo tanto os turistas quanto o ambiente a riscos. A Secretaria de Meio Ambiente (Sema) alerta que a gruta é de difícil acesso, sem infraestrutura adequada, o que aumenta o perigo de acidentes.
Histórico de preservação
A Gruta da Lagoa Azul foi inicialmente interditada em 1999 pelo Ibama, que classificou o turismo no local como "descontrolado e predatório". Em 2000, a administração da área passou para o estado de Mato Grosso, que criou o Parque Estadual Gruta da Lagoa Azul. Dois anos depois, em 2002, as visitações foram completamente suspensas.
Desde então, a Prefeitura de Nobres e o governo estadual trabalham em conjunto para implementar um plano de manejo sustentável. Segundo comunicado oficial, o objetivo é garantir que, quando reaberto, o local possa receber visitantes de forma segura e sustentável, sem causar impactos negativos ao meio ambiente.
As visitas clandestinas continuam sendo uma preocupação central para a preservação da Gruta da Lagoa Azul. Além dos danos ambientais, a falta de estrutura adequada para receber turistas pode gerar acidentes graves.
As autoridades locais reiteram a necessidade de respeitar as restrições de acesso enquanto as obras de manejo e segurança não são concluídas.
Por ora, o local segue fechado para garantir a conservação de um dos patrimônios naturais mais emblemáticos de Mato Grosso.