Vestido usado por David Bowie em capa de disco é criação de designer judeu
Aventuras Na História
O vestido usado por David Bowie na capa de "The Man Who Sold The World" faz parte de uma busca anunciada pelo Museu de Londres, cujo objetivo é juntar peças para uma exposição sobre estilistas judeus e a moda londrina.
O Museu de Londres divulgou uma lista das peças procuradas, nessa semana, pedindo ao público que ajudasse sua equipe a encontrá-los. Nessa lista estão: os chapéus da atriz Greta Garbo, as camisas usadas por Sean Connery em seu primeiro papel como James Bond e um vestido azul e dourado de David Bowie.
Como informado pela Super Interessante, todas essas peças foram desenvolvidas por estilistas judeus e os curadores têm a ideia de exibir os itens numa grande exposição intitulada "Cidade da moda: como os londrinos judeus moldaram o estilo global", que deverá acontecer ao final deste ano.
A curadora Lucie Whitmore disse, em comunicado, que esses estilistas judeus, apesar de terem trabalhado em todos os níveis da indústria da moda ao longo do século 20, não tiveram sua contribuição reconhecida.
“Os judeus trabalhavam em todos os níveis da indústria da moda em Londres ao longo do século 20, mas sua contribuição não foi amplamente reconhecida”, diz a curadora.
Muitos desses designers eram internacionalmente famosos – favorecidos pelos ricos e famosos e altamente respeitados por sua criatividade, habilidade e originalidade. É uma contribuição que merece ser reconhecida.”
Vestido usado por Bowie
O vestido em questão foi usado por David Bowie ao posar para uma fotografia que mais tarde se tornou capa do "The Man Who Sold The World", terceiro álbum do artista inglês.
O disco foi lançado pela Mercury Records e, em sua primeira versão, lançada em 1970 nos Estados Unidos, aparece com um desenho do inglês Mike Weller e na segunda, lançada no Reino Unido em 1971, em uma fotografia, Bowie usa um vestido desaparecido.
Designer da peça
O vestido usado pelo icônico David Bowie na capa de "The Man Who Sold The World" é obra do designer Michael Fish, ou Mr. Fish. Ele, conhecido por criar peças de gênero fluido, já teve suas criações usadas por grandes personalidades como o rockstar Mick Jagger.
Ele também está por trás das gravatas — batizadas por ele como “kipper tie” — largas e coloridas, além de ser considerado o principal arquiteto de um movimento que foi revolucionário para a moda masculina em 1960.
O museu procura — além das peças de Fish — peças masculinas criadas por Cecil Gee e usadas por integrantes dos Beatles; e chapéus feitos por Otto Lucas usados por Greta Garbo e Wallis Simpson. Outros nomes também têm suas criações procuradas pelo museu, são eles: Madame Isobel e Rahvis.